Aumenta para quatro número de boinas-azuis mortos Rep. Centro-Africana BR

Missão da ONU no país informou ter encontrado os corpos de três dos quatro soldados de paz desaparecidos depois do ataque deste segunda-feira Minusca afirmou que ataque a soldado da ONU pode ser considerado crime de guerra.
Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.
A Missão da ONU na República Centro-Africana informou que foram encontrados os corpos de três dos quatro boinas-azuis que estavam desaparecidos depois do ataque a um comboio da Minusca, na noite desta segunda-feira.
Com isso, sobe para quatro o número de soldados das tropas de paz mortos na ação. Um dos militares ainda continua desaparecido.
O comboio com várias viaturas foi atacado por um grupo de homens armados perto da cidade de Bangassou, que fica a 474 km de distância da capital Bangui. Depois do ataque, os criminosos conseguiram fugir pela mata.
Anti-Balaka
Segundo a Minusca, oito soldados de paz do Marrocos ficaram feridos e durante o confronto, oito integrantes da milícia anti-Balaka, de maioria cristã e responsável pelo ataque, foram mortos pelas tropas da ONU.
As Nações Unidas disseram que o boina-azul assassinado era cambojano e os feridos do Marrocos. Ainda não há informação sobre a identidade dos três últimos soldados.
A Missão da ONU enviou um helicóptero e mais militares para garantir a segurança e buscar o boina-azul desaparecido.
Um avião retirou imediatamente os feridos da área. Eles foram levados para um hospital em Bangui, onde estão recebendo tratamento.
Crimes de guerra
A Minusca criticou o ataque às tropas de paz dizendo que a presença dos boinas-azuis na República Centro-Africana tem o único objetivo de ajudar o país na proteção dos civis e de retirar a nação do ciclo de violência causado por grupos armados.
A Missão da ONU afirmou que fará o possível para garantir que os responsáveis pelo ataque sejam presos e levados à justiça. Segundo as Nações Unidas, “ataques a boinas-azuis podem ser considerados crimes de guerra”.
O representante especial do secretário-geral e chefe da Minusca, Parfait Onanga-Anyanda enviou condolências à família da vítima, ao seu batalhão e ao seu país.
Ele expressou também gratidão pelo trabalho e sacrifício dos soldados das tropas de paz na proteção da população centro-africana.
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