Venezuela deve permitir protestos e investigar mortes de manifestantes
Especialistas em direitos humanos afirmaram estar preocupados com uso excessivo da força contra integrantes das manifestações e com as detenções; pelomenos 25 pessoas foram mortas nos confrontos.
Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.
Um grupo de especialistas em direitos humanos afirmou que a Venezuela deve permitir a realização de protestos pacíficos contra o governo do presidente Nicolás Maduro.
O grupo, que tem mandato independente das Nações Unidas, diz que o governo tem que investigar, devidamente, a morte de pelo menos 25 pessoas em manifestações recentes.
Acusações
Um dos especialistas disse que está preocupado com as acusações de uso excessivo da força e prisões arbitrárias.
Segundo ele, esses atos, se forem comprovados, são violações graves dos direitos à vida e à liberdade, além do direito à reunião pacífica.
Centenas de pessoas ficaram feridas nos protestos e mais de 850 foram detidas. As manifestações na Venezuela começaram em 2015 por causa da instabilidade econômica e social da nação sul-americana.
Os protestos se intensificaram assim que o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, no mês passado, decidiu assumir os poderes legislativos da Assambleia Nacional, que era controlada pela oposição ao governo Maduro. A decisão foi revertida, mas os protestos continuaram.
Um dos especialistas da ONU disse que a resposta, cada vez mais militarizada é contraproducente, porque só aumenta as tensões e o risco de mortes e ferimentos.