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OMS quer reduzir pela metade erros de medicação no mundo até 2022 BR

Iniciativa da OMS mostra como melhorar a prescrição, distribuição e consumo dos remédios. Foto: WHO/OMS

OMS quer reduzir pela metade erros de medicação no mundo até 2022

Somente nos Estados Unidos erros de medicamentos causam pelo menos uma morte por dia; agência da ONU lançou iniciativa global que vai lidar com deficiências nos sistemas de saúde;

Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, lançou, esta quarta-feira, uma iniciativa global para reduzir pela metade os erros de medicação em todos os países até 2022.

O programa tem como objetivo lidar com as deficiências dos sistemas de saúde que levam a erros na hora de ministrar remédios a pacientes, o que pode causar danos.

Estados Unidos

A iniciativa terá quatro áreas como foco: pacientes e público; profissionais de saúde; remédios e sistemas e práticas de medicamentos.

Somente nos Estados Unidos, a OMS afirma que pelo menos uma pessoa morre diariamente por causa desse problema e 1,3 milhão sofrem algum tipo de dano ou ferimento.

A agência calcula que os dados sejam parecidos nos países de baixa e média rendas, mas o impacto é o dobro em relação ao número de anos de vida saudável perdido por essas pessoas.

Os custos associados aos erros nas prescrições de remédios chegam a US$ 42 bilhões anualmente em todo o mundo, quase 1% dos gastos de saúde globais.

Custo humano

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, afirmou que “todas as pessoas, quando tomam um remédio, querem ajuda e não danos”. Ela disse que “além do custo humano, os erros de medicamentos colocam uma pressão enorme e desnecessária sobre os orçamentos de saúde”.

Chan declarou que “evitar erros salva vidas e economiza dinheiro”.

Segundo a agência da ONU, os erros de medicamentos podem ser causados por cansaço dos trabalhadores de saúde, superlotação dos hospitais, falta de funcionários, treinamento inadequado e informação errada aos pacientes.

A OMS afirma que todos “os erros de medicação são, possivelmente, evitáveis” e eles podem resultar em danos severos à saúde, deficiências e até mesmo a morte.

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