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Guterres pede “apoio generoso” a quenianos que sofrem com seca BR

António Guterres com membros da comunidade em Nairobi, no Quénia. Foto: ONU Habitat/Julius Mwelu

Guterres pede “apoio generoso” a quenianos que sofrem com seca

António Guterres está em visita oficial a Nairobi, onde se reuniu com o presidente Uhuru Kenyatta; Nações Unidas estimam que 2,7 milhões de pessoas precisam urgentemente de apoio; secretário-geral destaca exemplo de conquistas e oportunidades dado pelo país africano.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

O secretário-geral da ONU visitou esta quarta-feira Nairobi, capital do Quénia, onde demonstrou solidariedade aos quenianos pela seca que afeta o país.

António Guterres pediu à comunidade internacional para ser generosa neste momento de crise prolongada. Ele afirmou que os recursos locais não podem cobrir todas as necessidades.

Sociedade

Em fevereiro, o presidente queniano, Uhuru Kenyatta, declarou a seca “um desastre nacional” e pediu apoio do mundo. As necessidades do governo chegam a US$ 99 milhões.

As Nações Unidas estimam que 2,7 milhões de pessoas precisam urgentemente de alimentos e de água após o início da grave seca no país.

Depois de um encontro com  Kenyatta, Guterres  elogiou a capacidade de governação no país pelo que chamou de “vibrante sociedade civil, comunidade empresarial e imprensa livre.”

O secretário-geral destacou o Quénia como um “exemplo em todos os aspetos que podem ser copiados”, não apenas no continente africano, mas em todo o mundo.

Pilares

Para Guterres, os quenianos provam que no mundo de hoje há países que se movimentam para garantir que os pilares das ações da ONU possam ser plenos e citou a paz e segurança, o desenvolvimento inclusivo sustentável e os direitos humanos.

O secretário-geral disse que teve um diálogo “extremamente construtivo” com o presidente Kenyatta com quem falou de problemas que o país e a comunidade internacional enfrentam.

Crises

O chefe da ONU disse acreditar que a narrativa da ONU sobre a África nem sempre foi a correta. Ele disse que às vezes os relatos sobre o continente são muito concentrados em crises. Mas destacou que, como em África, há crises na Europa, na Ásia e em todos os lugares.

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António Guterres com a primeira-dama do Quénia, Margaret Kenyatta. Foto: ONU Habitat/Julius Mwelu
Guterres sublinhou que África deve ser vista “cada vez mais como uma terra de conquistas e oportunidades” e  frisou que o Quénia é um símbolo deses conceitos.

O chefe da ONU considerou “excelente” a cooperação entre o governo e a equipa das Nações Unidas no país, que prometeu apoiar o governo para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e os desafios locais.

Guterres realçou o contributo do Quénia tanto para a manutenção da paz como para a sua aplicação no caso da Somália, onde visitou na terça-feira estão em ação soldados quenianos.

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