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Unesco pede apoio internacional para proteção de patrimônio cultural no Iraque BR

Ashur, no Iraque, Patrimônio Mundial da Unesco. Foto: Unesco/S. Al-Khoja

Unesco pede apoio internacional para proteção de patrimônio cultural no Iraque

Diretora-geral Irina Bokova afirmou que agência da ONU já está mobilizando apoio para ajudar país na proteção do patrimônio em situação de maior risco.

Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, fez um apelo à comunidade internacional para que ajude a proteger e recuperar os sítios arqueológicos, religiosos e culturais do Iraque.

A chefe da agência da ONU, Irina Bokova, afirmou que a Unesco já está mobilizando apoio para ajudar o país na proteção do patrimônio em situação de maior risco.

Preservação

Bokova participou de um encontro internacional sobre a proteção de herança cultural iraquiana em área libertadas.

A reunião também preparou o terreno para planos de ação de emergência, de médio e de longo prazos para preservar os sítios arqueológicos milenares do país, assim como museus, patrimônio religioso e cidades históricas.

No encontro, também foi decidido nomear um comitê liderado pela Unesco e pelo Iraque para coordenar diversas iniciativas internacionais na área.

Terrorismo

Ao mesmo tempo, a agência cita medo de que antiguidades que tenham sido retiradas de sítios históricos possam ter sido vendidas pela internet ou no mercado não oficial e o dinheiro usado para financiar atividades do grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.

O ministro da Educação do Iraque, Mohammad Iqbal Omar, ressaltou ser preciso “acabar com o comércio de antiguidades iraquiana, aderir à Resolução 2199 do Conselho de Segurança e interromper o fluxo de dinheiro” para o Isil.

Conselho de Segurança

Adotada em 2015, a Resolução 2199 do órgão da ONU baniu todo o comércio de antiguidades saqueadas no Iraque e na Síria. O documento também estimula medidas para garantir que tais itens sejam retornados a seus países de origem e pede à Unesco, à Interpol e a outras organizações internacionais que ajudem em ações neste sentido.

Pedindo ajuda mundial, o ministro da Educação afirmou ainda que o Isil “tentou”, mas “nunca apagará a cultura, identidade, diversidade e história” iraquianas nem os “pilares de civilização”.

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