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Conferência de Oslo chama atenção para crise no Lago Chade

Menino chora num acampamento na Nigéria. Foto: OCHA/Eve Sabbagh

Conferência de Oslo chama atenção para crise no Lago Chade

Nações Unidas entre organizadores de reunião na Noruega; Nigéria, Níger, Chade e Camarões a sofrer com milícia terrorista Boko Haram; mais de 7 milhões sem ter comida suficiente; situação é avaliada como grave na região.

Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.

A crise humanitária na Bacia do Lago Chade atingiu proporções graves e exige uma resposta imediata. Esta é a análise das Nações Unidas, da Alemanha, da Nigéria e da Noruega, que juntas promovem esta sexta-feira a Conferência Humanitária de Oslo sobre o Lago Chade.

São quatro os países da região a sofrer com os impactos dos ataques da milícia terrorista Boko Haram: Nigéria, Níger, Chade e Camarões. Somente na Nigéria, são 26 milhões a viver em áreas afetadas pela violência.

Financiamento

As Nações Unidas calculam que 10,7 milhões de pessoas necessitam de assistência na Bacia do Lago Chade. São 7 milhões de habitantes sem ter o suficiente para comer e as crianças representam a maioria dos necessitados. O número de desalojados triplicou nos últimos dois anos, com 2,3 milhões.

O objetivo da Conferência de Oslo é chamar a atenção internacional para a crise e tentar encontrar soluções para as pessoas afetadas. O encontro abordará também a necessidade de doações financeiras para os países do Lago Chade. A região precisa de US$ 1,5 mil milhão.

Escolas

A conferência foca em três áreas: segurança alimentar; proteção e acesso e educação em emergências. Os índices de fome na região estão alarmantes, segundo a ONU. Já os ataques a escolas tem estado no coração do conflito, uma vez que o Boko Haram declarou que “a educação Ocidental é proibida”.

Mais de 1,2 mil escolas foram destruídas, o que prejudicou 3 milhões de estudantes. As Nações Unidas lembram que a educação é um direito humano fundamental.

Outro tema a ser debatido no encontro é a violência contra as mulheres e como protegê-las. Participam ministros dos países afetados, líderes de organizações regionais e de instituições financeiras e agências da ONU.

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