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FAO, Unicef e PMA discutem ajuda para Sudão do Sul BR

Criança no Sudão do Sul. Foto: ONU/JC McIlwaine

FAO, Unicef e PMA discutem ajuda para Sudão do Sul

Chefes das agências da ONU estão debatendo como combater a fome no país africano; 5 milhões de sul-sudaneses enfrentam severa insegurança alimentar e situação deve piorar este ano.

Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.

Os chefes de três agências da ONU estão reunidos por teleconferência, esta terça-feira, para discutir a situação da fome no Sudão do Sul.

Os diretores-gerais da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, José Graziano da Silva, do Fundo para a Infância, Anthony Lake, e do Programa Mundial de Alimentos, Ertharin Cousin, debatem como combater o problema no país africano.

Futuro

De Roma, em entrevista à ONU News, José Graziano da Silva falou sobre as condições de alimentação na região.

“A situação no Sudão do Sul não está ruim agora, ela já vem se deteriorando há um bom tempo. Temos 5 milhões de pessoas na situação de insegurança alimentar severa. Este é o último passo antes de chegar à situação de fome aberta, onde as pessoas começam a morrer de fome diariamente. Temos 2% da população morrendo de fome.”

Citando as palavras do secretário-geral da ONU, António Guterres, o chefe da FAO falou sobre o que deve ser feito para resolver essa situação e evitar que ela ocorra no futuro.

Recursos

“As Nações Unidas precisam ser mais pró-ativas nas situações de conflito. Hoje, as Nações Unidas principalmente através do seu Conselho de Segurança e Missões de Paz só agem quando o conflito está instalado. Nós (a FAO) temos um monitoramento vila por vila. A FAO faz um mapa de cada um desses países. Quanto mais intensos os conflitos, mais grave a fome. Então nós podemos antever até em três a seis meses o que vai passar naquele país, naquela região. Isso nos dá uma margem de agir antecipadamente se tivermos os recursos.”

Graziano da Silva lamentou que “infelizmente os recursos não vêm e são mínimos quando vêm”.