Para enviado da ONU, caminho para paz no Oriente Médio “é cheio de perigos”
Nickolay Mladenov falou ao Conselho de Segurança sobre o extremismo, que segundo ele, alimenta a “intolerância”; Mladenov afirma que palestinos, israelenses e comunidade internacional têm obrigação de evitar escalada das tensões.
Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.
O enviado da ONU para o Processo de Paz no Oriente Médio afirma que o extremismo continua prejudicando a região e alimentando “a intolerância, a violência e o radicalismo religioso”.
O pronunciamento de Nickolay Mladenov foi feito esta quinta-feira ao Conselho de Segurança. Segundo ele, é essencial que o conflito entre israelenses e palestinos não entre no abismo do radicalismo que atinge a região.
Assentamentos
Mladenov destaca que “palestinos, israelenses e comunidade internacional têm a obrigação de evitar o aumento das tensões e trabalhar juntos pela paz”.
No Conselho de Segurança, ele falou também sobre uma recente lei adotada por Israel, que tem o potencial de regularizar milhares de assentamentos construídos nos territórios ocupados palestinos. Segundo o representante da ONU, essa medida vai contra a lei internacional.
Gaza
Mas Mladenov também está preocupado com os ataques a civis israelenses. Recentemente, seis ficaram feridos durante um ataque a faca e um tiroteio realizado por um palestino de 18 anos da Cisjordânia.
Durante a reunião, o especialista mencionou ainda a situação frágil em Gaza, já que os bloqueios e a divisão política continuam piorando os desafios humanitários e de desenvolvimento. Um exemplo citado por ele foi a crise de energia elétrica.
Mladenov afirmou que a solução de dois Estados é a única opção para que israelenses e palestinos alcancem seus objetivos nacionais. O representante pediu à Israel para acabar com a construção de assentamentos e aos líderes palestinos, o pedido foi para que combatam a violência.
Notícias Relacionadas:
Guterres: "não há plano B para situação entre palestinos e israelenses"
Secretário-geral da ONU lamenta lei israelense que regulariza assentamentos
Israel anuncia 5 mil assentamentos e ONU alerta contra ações unilaterais