OMS atualiza recomendações relacionadas à febre amarela no Brasil
Agência da ONU orienta turistas internacionais a se vacinarem contra a doença pelo menos 10 dias antes da viagem; segundo OMS, atualmente não há evidências de transmissão do vírus em grandes áreas metropolitanas como Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, atualizou nesta semana suas recomendações a pessoas que estejam viajando ao Brasil e às áreas onde estão ocorrendo surtos de febre amarela.
Segundo a agência da ONU, até 13 de fevereiro a transmissão do vírus da doença continava a se expandir em direção à costa Atlântica brasileira em áreas que não eram consideradas de risco antes dos dados da OMS de 27 de janeiro.
Risco
A avaliação revisada de risco foi baseada em “evidências epidemiológicas e fatores ecológicos” e atualizações serão feitas regularmente.
As novas áreas consideradas em risco de transmissão de febre amarela incluem locais nos estados de Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro. A agência também mencionou casos confirmados nos estados de Minas Gerais e São Paulo.
De acordo com a OMS, atualmente “não há evidências de transmissão do vírus da febre amarela em grandes áreas metropolitanas como Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo”.
Carnaval
Levando em conta a situação e considerando que pessoas viajando para o Carnaval nas próximas semanas podem fazer passeios fora das maiores cidades, a OMS faz recomendações a turistas internacionais visitando áreas do Brasil consideradas de risco.
Entre elas, vacinação contra febre amarela pelo menos 10 dias antes da viagem; adoção de medidas para evitar picadas de mosquito e conscientização dos sintomas e sinais da doença.
Vacinação
A OMS nota que, de acordo com o Anexo 7 das Regulamentações Internacionais de Saúde de 2005, uma única dose da vacina de febre amarela aprovada pela agência é suficiente para conferir imunidade e proteção vitalícia contra a doença.
Segundo a OMS, pessoas com contraindicação à vacina de febre amarela, como crianças menores de nove meses, grávidas e lactantes, por exemplo, ou pessoas com mais de 60 anos de idade devem consultar um profissional de saúde para aconselhamento.
A agência da ONU também inclui nas orientações a busca por cuidados médicos em caso de sintomas e sinais da doença.
Para mais informações, acesse (em inglês): http://www.who.int/ith/updates/20170214/en/
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