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ONU quer fim de “intransigência em posições” de políticos na Guiné-Bissau

Reunião no Conselho de Segurança da ONU nesta terça-feira. Foto: ONU/Rick Bajornas

ONU quer fim de “intransigência em posições” de políticos na Guiné-Bissau

Relatório convida as partes ao diálogo genuíno para buscar posição comum para resolver urgentemente a crise; documento ao Conselho de Segurança indica que falta de progresso prejudica esforços para o avanço do país.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.*

O Conselho de Segurança acompanhou esta terça-feira o relatório do secretário-geral das Nações Unidas sobre a Guiné-Bissau que destaca “profunda preocupação com a prolongada crise política” no país.

O documento apresentado pelo enviado especial do chefe da ONU, Modibo Touré, sublinha o impacto negativo da situação na estabilidade e no desenvolvimento socioeconómico do país.

Divisões

A recomendação do enviado aos atores políticos da Guiné-Bissau é que “se afastem da sua intransigência nas posições que serve para perpetuar as divisões”.

O apelo é que estes coloquem os interesses do povo acima de todos os outros. A nota lança um convite a um diálogo genuíno e que se encontre uma posição comum para resolver urgentemente a crise política.

A Guiné-Bissau foi representada no evento pelo conselheiro político do primeiro-ministro. Soares Sambú disse que independentemente da atitude de bloqueio persistente da Comissão Permanente da Assembleia Nacional, órgão onde o Paigc tem a maioria, “há ainda espaço para o diálogo”.

Sambú declarou que tais conversações seriam com partes com “diferentes interpretações do Acordo de Conacri para que programa do governo seja aprovado.

Progresso

Touré alertou que a falta de progresso para identificar e implementar uma solução sustentável prejudica os esforços do país para “enfrentar desafios emergentes e de longa data” para a paz, a segurança, o desenvolvimento e os direitos humanos.

A situação é também considerada um obstáculo para o avanço de uma agenda viável de consolidação da paz no país lusófono.

A ONU realça que o Governo da Guiné-Bissau beneficiou do “apoio inabalável e da boa vontade dos seus parceirssoos regionais e internacionais”.

*Apresentação: Leda Letra.

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