Portugal apoia ONU na República Centro-Africana com 160 militares

Força de intervenção rápida está no país desde o início do ano; nação europeia também coopera com a organização no Mali colocando à disposição um avião militar para transporte de capecetes azuis.
Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.*
Um grupo de 160 militares portugueses completa este fevereiro, um mês de apoio às tropas de paz das Nações Unidas na República Centro-Africana.
De acordo com o embaixador de Portugal junto à ONU, em Nova Iorque, Álvaro Mendonça e Moura, o contingente presta auxílio em mecanismos de rápida reação.
Estabilização
“Nós temos agora, desde o princípio de janeiro, uma presença muito importante da República Centro-Africana. Temos lá colocada uma força de intervenção rápida. São cerca de 160 militares portugueses. Uma força tipo comando para atuar onde surgem os problemas. Portanto, é a primeira força que aparece quando há problemas sérios a resolver. Estão lá desde, como lhe disse, desde o princípio do ano. E também aí, nos parece que é muito importante contribuir para uma estabilização do país.”
A Missão das Nações Unidas na República Centro-Africana, Minusca, foi enviada ao país para lidar com a instabilidade que se seguiu à tomada do poder dos ex-rebeldes Séléka em 2013. As forças, de maioria muçulmana, envolveram-se em confrontos com o grupo anti-Balaka, de maioria cristã.
Assistência
De acordo com as Nações Unidas mais de 4,5 milhões de pessoas foram afetadas e metade da população precisa urgentemente de assistência.
Em dezembro, a missão de paz promoveu uma ronda de diálogo entre 11 dos 14 grupos armados que atuam no país como parte dos esforços de desarmamento das várias fações centro-africanas.
*Apresentação: Eleutério Guevane.
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