“Não podemos abandonar o Mali”, diz embaixador de Portugal na ONU

Em entrevista à ONU News, Álvaro Mendonça e Moura fala da cooperação de seu país para solucionar o conflito e conter a onda de violência; Portugal tem um avião no país africano, em parceria com outros países europeus, para apoiar a Missão das Nações Unidas no terreno, Minusma.
Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.
A solução do conflito no Mali passa pelo apoio determinado da comunidade internacional. A opinão é do embaixador de Portugal junto à ONU, Álvaro Mendonça e Moura.
Portugal já coopera com um contingente de 43 militares e um avião de transporte das forças das Nações Unidas no Mali, Minuma, em parceria com outros países europeus.
Peça fundamental
“Este avião de transporte é fundamental porque é o meio que permite transportar, rapidamente, tropas de um sítio para outro país quando é necessário. Portanto, é uma peça fundamental na presença militar das Nações Unidas no Mali. Infelizmente, a situação no Mali não tem melhorado. Tivemos estes problemas recentes onde foi preciso a presença do avião militar português para transportar as tropas.”
Para o embaixador de Portugal, Álvaro Mendonça e Moura, a piora da violência na nação africana pode levar à desestabilização de toda a região do Saara, como afirmou nesta entrevista à ONU News, em Nova Iorque.
Contexto
“Nós não podemos abandonar o Mali. O Mali é uma plataforma muito importante em todo o contexto relacionado com o Sara e portanto é um país com grandes dificuldades. Mas é nossa obrigação garantir a estabilização do Mali porque se não o fizermos não será só o Mali a sofrer. É toda a região do Sara que pode ser afetada por uma maior desestabilização do Mali.”
O embaixador de Portugal falou à ONU News também sobre a realização de uma reunião preparatória da Conferência da ONU para Apoiar a Implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 14, sobre o uso dos oceanos, mares e recursos marinhos.
A entrevista na íntegra pode ser acessada na nossa página nesta quinta-feira.
SONORA: Álvaro Mendonça e Moura, Nova Iorque.
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