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ONU e União Africana preocupadas com violência no Sudão do Sul BR

Secretário-geral da ONU, António Guterres, reúne-se com presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, em Adis Abeba. Foto: Antonio Fiorente.

ONU e União Africana preocupadas com violência no Sudão do Sul

Declaração conjunta, assinada também pela Autoridade Intergovernamental sobre Desenvolvimento, foi divulgada em Adis Abeba, onde começa nesta segunda-feira a 28ª. Cimeira dos Chefes de Estado e Governo da União Africana.

Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.

Um comunicado conjunto, emitido neste domingo, revela que representantes da comunidade internacional estão preocupados com o que chamaram de “alastramento da violência e riscos de atrocidades em massa no Sudão do Sul.”

O texto foi firmado por União Africana, Nações Unidas e pela Autoridade Intergovernamental sobre Desenvolvimento, Igad – na sigla em inglês.

Combates

As três organizações encontraram-se em Adis Abeba, capital da Etiópia, onde começa nesta segunda-feira a 28ª. Cimeira de Chefes de Estado e Governo da União Africana.

Da reunião, dirigida pelo primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Desalegn que também lidera a Igad, participaram o secretário-geral da ONU, António Guterres, e a presidente da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, além de outras autoridades.

No encontro, os líderes expressaram “preocupações profundas com a continuação do alastramento de combates no Sudão do Sul, e o risco de a violência entre comunidades escalar para atrocidades em massa”.

Para as três entidades, a situação humanitária também piora. Segundo os líderes presentes ao encontro, o conflito só poderá ser resolvido através de meios políticos e dentro do contexto do Acordo de 2015 sobre a Resolução do Conflito do Sudão do Sul.

Compromisso

A ONU, a União Africa e a Igad reafirmaram seu compromisso com a busca da paz, da segurança e da estabilidade do mais novo país do mundo. E pediram o fim dos combates e a garantia de um processo político inclusivo.

O conflito no Sudão do Sul ocorre entre facções que apoiam o presidente do país, Salva Kiir, e àquelas leais ao ex-vice-presidente Riek Machar.

Em setembro, o Conselho de Segurança da ONU autorizou o envio de uma força de 4 mil homens para Juba, capital sul-sudanesa, para ajudar a promover mais estabilidade na área.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, está na Etiópia, onde deve discursar na abertura da Cimeira da União Africana. No domingo, ele se reuniu ainda com o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, e o presidente de Uganda, Yoweri Museveni. Será o primeiro discurso de Guterres como líder da ONU no Encontro de Chefes de Estado e Governo africanos.

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