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Para relator, México deve unir esforços para combater crimes a ativistas BR

Michel Forst. Foto: Minustah

Para relator, México deve unir esforços para combater crimes a ativistas

Michel Frost afirmou que única forma de proteger defensores dos direitos humanos no país é pondo fim ao que ele chamou de impunidade para crimes cometidos contra estas pessoas.

Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.

O relator especial da ONU sobre a situação dos defensores dos Direitos Humanos no México, Michel Forst afirmou que está preocupado com o que chamou de impunidade generalizada para os crimes cometidos contra esse grupo no país latino-americano.

Forst disse que “o fracasso em investigar e punir os responsáveis pelas ações envia uma mensagem perigosa de que não há consequências para quem cometer este tipo de crime”.

Mulheres

O relator da ONU encerrou uma visita de nove dias ao país onde se reuniu com mais de 800 ativistas defensores dos direitos humanos de 24 Estados, entre eles, Chihuahua, Guerrero, Oaxaca e o estado do México. As mulheres representam 60% do grupo de defensores com quem se reuniu.

Forst citou uma variedade de fatores interligados como “os níveis elevados de insegurança e violência enfrentados pelos ativistas”, “crime organizado, corrupção e repressão do Estado”.

Ele alertou que “a impunidade se tornou causa e efeito da insegurança geral dos defensores dos direitos humanos no país”.

Medo

O relator explicou que o problema da impunidade “alimenta a criminalização dos ativistas e, ao mesmo tempo, aumenta o medo entre a sociedade civil”.

Forst deixou claro que “para os defensores dos direitos humanos, a melhor proteção é quando podem ver a justiça ser aplicada e os responsáveis pelo crime punidos”.

O especialista da ONU afirmou que “apenas unindo esforços, o México terá condições de superar essa situação séria”.

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