Líbia: OIM celebra primeiro repatriamento de migrantes de Misrata

Operação envolveu 46  cidadãos bengalis;  falta de segurança é a principal preocupação para movimentar estrangeiros de áreas fora da capital líbia; apoio da agência incluiu cuidados antes da viagem e fundos para a reintegração.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

A Organização Internacional para Migrações, OIM, apoiou o primeiro repatriamento de migrantes em cerca de três anos a partir da cidade líbia de Misrata. O financiamento das operações esteve a cargo do Reino Unido.

Foram 46 cidadãos de Bangladesh que partiram na segunda-feira numa operação coordenada com a embaixada do seu país na Líbia. A grande preocupação para movimentar migrantes fora da capital Trípoli é a falta de segurança.

Partida

Antes da sua partida da Líbia, a OIM entrevistou os migrantes envolvidos e fez exames médicos para garantir que estes estavam aptos a viajar. O grupo também recebeu artigos pessoais como roupas e sapatos ao sair da terceira maior cidade líbia.

Entre os migrantes estava Farhan, de 26 anos, que deixou Bangladesh há vários anos para a Líbia em busca de trabalho. Após poupar US$ 4 mil da venda dos seus bens e de empréstimos, ele acabou por não chegar a Trípoli como tinha planeado, mas a Misrata.

Sem visto e nem trabalho, ele foi preso num centro de detenção até ao seu retorno organizado pela OIM para reencontrar-se com a família.

Cuidados

Em Daca, os beneficiários também receberam uma passagem para viajar para casa. O grupo teve apoio para reintegrar-se na sociedade que inclui fundos para abrir um negócio, continuar com a educação e pagar por cuidados médicos.

O responsável das operações da OIM na Líbia, Ashraf Hassan, declarou que o trabalho da agência pretende garantir apoio aos migrantes em diferentes locais da Líbia, fora de Trípoli.

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