De Mistura pede consolidação de cessar-fogo nacional na Síria
Enviado da ONU ao país fez a declaração durante conversações em Astana, no Cazaquistão; ele afirmou que nenhuma solução de longo prazo pode ser alcançada através de ação militar, mas sim por um processo político.
Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.
O enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, quer que as partes envolvidas no conflito no país concordem com a implementação de um mecanismo para monitorar um cessar-fogo nacional.
De Mistura fez a declaração esta segunda-feira, na abertura das conversações para resolver a guerra na Síria, que estão sendo realizadas em Astana, capital do Cazaquistão.
Primeiro passo
O representante da ONU agradeceu ao Irã, à Rússia e à Turquia por terem organizado a reunião que tem como objetivo pôr um fim à crise que começou em 2011.
De Mistura disse que a consolidação de um cessar-fogo nacional é apenas o primeiro passo.
Ele afirmou que “nenhuma solução sustentável e de longo prazo será alcançada através apenas de meios militares, mas sim através de um processo político”.
Violência
O enviado disse que o governo da Síria e as forças de oposição devem aceitar essa determinação e renunciar o uso de ações militares.
De Mistura informou que os “níveis de confrontos diminuíram de forma significativa desde o acordo de cessar-fogo, em dezembro passado, mas a violência não acabou”.
Ele cita que em uma das áreas de conflito, Wadi Barada, nos arredores da capital Damasco, os confrontos estão impedindo que milhões de pessoas tenham acesso à água potável.
De Mistura afirmou que se as conversações em Astana forem um sucesso, a ONU terá mais chance de relançar as negociações entre os sírios em Genebra. O objetivo do próximo encontro, organizado pela ONU, é que representantes do governo e da oposição “negociem diretamente” uma solução para o fim da guerra.
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