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Banco Mundial prevê retomada do crescimento da América Latina BR

Brasil voltará a crescer em 2017, segundo novo relatorio do Banco Mundial. Foto: Banco Mundial

Banco Mundial prevê retomada do crescimento da América Latina

Novo relatório calcula expansão de 1,2% em 2017, depois de dois anos consecutivos de recessão; economia do Brasil deve se expandir a um ritmo de 0,5%; crescimento econômico global pode chegar a 2,7%.

Mariana Ceratti, de Brasília, para a ONU News*. 

O crescimento econômico global deve acelerar este ano de forma moderada, chegando a 2,7%, apesar dos fracos investimentos, de acordo com uma previsão do Banco Mundial.

Segundo o relatório “Perspectivas Econômicas Globais”, a economia da América Latina e do Caribe deve voltar a crescer em 2017. A expansão será de 1,2%, impulsionada pela estabilização dos preços das matérias-primas.

Brasil e Argentina

O estudo prevê uma recuperação gradual desses valores no médio prazo, trazendo algum alívio às economias exportadoras. Em 2016, a América Latina e o Caribe viveram o segundo ano seguido de recessão, com 1,4% de queda.

Há mais de três décadas que a economia regional não sofria retração por dois anos consecutivos. A atividade econômica da América Latina não sentiu apenas a baixa dos preços das matérias-primas, mas também a redução do crescimento dos países mais ricos.

O relatório ainda aponta que os desempenhos do Brasil e da Argentina contribuíram para o resultado negativo no ano passado. As economias locais contraíram 3,4% e 2,3%, respectivamente.

Estados Unidos

Mas em compensação, neste ano o Brasil deverá se expandir a um ritmo de 0,5%. Já o crescimento da Argentina é estimado em 2,7%.

O relatório do Banco Mundial alerta para alguns temas que poderão ter repercussão negativa na economia regional. Entre eles, estão as restrições ao comércio ou à migração promovidas pelos Estados Unidos e pela zona do Euro.

Outro alerta é sobre uma reavaliação do ritmo da política monetária dos Estados Unidos, que poderia levar a variações nas taxas de juros e a flutuações do fluxo de capital. Com isso, seriam prejudicadas as economias vulneráveis da América Latina e do Caribe.

*Reportagem do Banco Mundial no Brasil.