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União Africana vê nova dinâmica na parceria com a ONU em 2017

Téte António. Foto: ONU/Amanda Voisard

União Africana vê nova dinâmica na parceria com a ONU em 2017

Embaixador da organização regional espera mais apoio internacional para manter e consolidar a paz no continente; Nações Unidas apoiam estratégia para prevenir e resolver conflitos africanos até final de 2020.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

O representante permanente da União Africana junto à ONU afirmou que 2017 pode marcar o início de uma nova dinâmica na cooperação estratégica com as Nações Unidas.

Téte António disse à ONU News, em Nova Iorque, que essas expectativas aumentaram quando a entidade regional foi mencionada no pronunciamento do novo secretário-geral, António Guterres, ao assumir a liderança da ONU.

Financiamento

“A única organização que fez referência é a União Africana e é visível que essa é uma dinâmica que se espera. Mas ela tem que assentar em bases. Uma das bases é fazermos a retrospetiva do ano passado. A resolução histórica do Conselho de Segurança sobre a cooperação entre a União Africana e as Nações Unidas em matérias de paz e segurança, principalmente o financiamento das operações de manutenção de paz desdobradas pela União Africana através das contribuições das Nações Unidas. Este é o passo que vamos ter que dar.”

Segundo Téte António, não se pode esquecer que a “a primeira responsabilidade pela paz e segurança internacionais é do Conselho e que a realidade difere da fundação da ONU há 71 anos em relação aos conflitos.

Conflitos

Até 2020 a ONU deve apoiar a UA num plano que destaca áreas como prevenção e resolução de conflitos.

A estratégia inclui ainda a promoção de direitos humanos e do Estado de direito, a proteção das mulheres e crianças em situações de conflito e pós-conflito e ações de recuperação e reconstrução dos países.

António disse que um outro tema prioritário para África é pedir mais atenção internacional para travar o fluxo ilícito de financiamentos a partir do continente africano.

O diplomata acredita que conter os movimentos financeiros dos impostos não pagos e outros que saem de África pode contribuir para fazer avançar a região.

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