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Pnuma apoia área de proteção de ostras que produzem pérolas BR

A agência da ONU defende a criação de uma área de preservação para as ostras que produzem pérolas. Foto: FAO

Pnuma apoia área de proteção de ostras que produzem pérolas

Agência da ONU para o Meio Ambiente afirmou que Barein é um país famoso pela alta qualidade de pérolas encontradas na região; Japão aparece no mercado como opção mais barata para extração da pedra preciosa.

Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, apoia a criação de uma área de preservação para as ostras que produzem pérolas.

O Barein, no Oriente Médio, é considerado mundialmente com um dos países do mundo que produzem as pérolas da mais alta qualidade.

Patrimônio

Segundo os especialistas, essas pedras preciosas têm um brilho especial porque são formadas no fundo do mar e sofrem a influência de bolhas de água fresca que saem da areia no solo marinho.

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, declarou recentemente essa área marinha do Barein como Patrimônio Mundial devido ao seu valor natural e cultural e que o governo está interessado em preservar.

O Pnuma informou que a extração de pérolas no país árabe contribuiu muito para a economia. As pérolas de alta qualidade eram exportadas para todo o mundo.

Mas a indústria começou a declinar depois do surgimento de uma cultura de pérolas mais barata para extrair no Japão, também de alta qualidade.

Petróleo

A descoberta de petróleo no Barein acabou afetando o cultivo dessas ostras, já que os mergulhadores ganham mais dinheiro trabalhando para as companhias petrolíferas do que para as de extração de pérola.

O Pnuma cita ainda problemas como poluição, dragagens e a pesca excessiva.

Segundo a especialista em biodiversidade da ONU, Diane Klaimi, “as ostras que produzem pérolas, como qualquer outra criatura viva, são sensíveis às mudanças ambientais”.

Mas as áreas de preservação podem mudar esse quadro. A inciativa para a criação dessas regiões conta com o apoio do governo árabe e a participação de representantes de mergulhadores, comerciantes, comunidades locais e do turismo.

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