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Morte de soldados de paz faz reforçar patrulhas na República Centro-Africana

Soldados de paz da Minusca em patrula na República Centro-Africana. Foto: Minusca.

Morte de soldados de paz faz reforçar patrulhas na República Centro-Africana

Ataque a comboio da que transportava combustível provocou também dois feridos; chefe da Missão da ONU destaca que tudo será feito para que os autores do ataque sejam detidos e julgados.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

Dois soldados de paz do contingente do Marrocos morreram esta terça-feira no sudeste na República Centro-Africana vítimas de tiros de homens não identificados, que após o ataque refugiaram-se na floresta.

Falando à ONU News, de Bangui, o porta-voz da Missão das Nações Unidas de Estabilização da República Centro-Africana, Minusca, Vladimir Monteiro, contou que houve dois feridos graves que estão a receber tratamento.

Desconhecidos

“Estavam a assegurar a proteção de um comboio que transportava combustível da localidade de Zemio para a localidade de  Obo. São duas pequenas cidades a sudeste da Republica Centro-Africana, onde temos um dos nossos escritórios. Eles foram atacados por elementos armados desconhecidos. Não temos pormenores.”

Monteiro revelou que as patrulhas da Minusca foram reforçadas e as forças estão preparadas para dar “uma resposta mais alargada”. Ele destacou que o tipo de incursões é frequente e não considera os alvos.

Tráfico

“Os capacetes azuis, mas também ações humanitárias e sobretudo a população civil são vítimas desses grupos armados implicados em negócios como tráfico de armas, diamantes, ouro e uma série de atividades ilegais. Por essa razão, o chefe da missão denunciou este ato alertando a estes grupos que não há nenhuma razão para atacar capacetes azuis que estão na República Centro-Africana para ajudar o país a pôr fim à violência. Ao mesmo tempo, ele disse que tudo será feito para que os autores sejam detidos e julgados.”

Este ano, a primeira morte de um soldado de paz na República Centro-Africana ocorreu a 1° de janeiro quando um membro do contingente do Camboja perdeu a vida vítima de acidente.

Monteiro destacou que as forças da ONU “pagam um tributo bastante alto” para garantir a paz e a segurança no país africano.

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