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Agências da ONU lançam em 2017 plano sobre riscos ambientais à saúde BR

Criança em Dhaka, no Bangladesh. Foto: Unicef/UNI9946/Noorani

Agências da ONU lançam em 2017 plano sobre riscos ambientais à saúde

Mais de 12,5 milhões de pessoas morrem por ano de doenças ligadas à poluição do ar, da água ou do solo; OMS, OMM e Pnuma devem divulgar medidas em junho; até 2050, 66% da população do planeta estará vivendo em áreas urbanas.

Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.

Três agências das Nações Unidas estão unindo forças na primeira semana do ano para chamar a atenção sobre os impactos fatais da poluição ambiental. A cada ano, quase 12,6 milhões de pessoas morrem de doenças associadas à poluição do ar, da água, do solo ou dos efeitos da mudança climática.

A nota conjunta é da Organização Mundial da Saúde, OMS; do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma e da Organização Mundial de Meteorologia, OMM.

Urbanização

Em junho deste ano, as três agências vão lançar um plano sobre meio ambiente e saúde para tentar reveter esses impactos negativos. Até 2050, 66% da população global estará vivendo em áreas urbanas, que são conhecidas pela poluição, pelo tráfego pesado de veículos, más condições de habitação e acesso limitado à água e ao saneamento.

As agências da ONU lembram que os riscos ambientais à saúde são “muito complexos” para serem tratados com soluções “simplistas e de curto prazo”.

Com a recente assinatura da Declaração de Marrakech sobre Saúde, Meio Ambiente e Mudança Climática, os países reconhecem que não existe ainda nenhum “mecanismo global para que os setores da saúde e do meio ambiente trabalhem juntos salvando vidas e protegendo o planeta”.

Ações

Pelo acordo, fica a cargo das agências da ONU definir um mecanismo. Mas caberá aos países colocarem em prática várias ações. Cidades como Atenas, Madri, México e Paris pretendem acabar com veículos a diesel até 2025.

Segundo as agências, implementar medidas ligadas aos poluentes pode salvar 2,4 milhões de vidas por ano e reduzir o aquecimento global em 0.5º C até 2050.

Não levar em conta os impactos da poluição do ar para a saúde pode resultar em US$ 5,3 trilhões em subsídios para fontes de energia que poluem o ar.

A OMS, a OMM e o Pnuma estão trabalhando juntas para apoiar os países na implementação da Declaração de Marrakech e comprometidas a juntar especialistas para a criação de uma estratégia única sobre meio ambiente e saúde.

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