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ONU quer ajudar a proteger 20 mil pessoas do tráfico humano na Somália

Mais de 20 mil cidadãos devem beneficiar-se da iniciativa de US$ 10 milhões que quer “proteger os direitos humanos dos migrantes, repatriados, deslocados internos e refugiados que fogem do conflito no Iémen para a Somália”. Foto: Unodc

ONU quer ajudar a proteger 20 mil pessoas do tráfico humano na Somália

Casos da prática e de contrabando aumentam na região da Puntlândia; OIM e Acnur envolvidas em treinamento para dar melhor resposta aos fluxos de refugiados, repatriados e migrantes que fogem do conflito no Iémen.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

Agências das Nações Unidas discutem cinco sessões de treino com parceiros para melhor capacitar as autoridades somalis e iemenitas no combate ao tráfico e contrabando de pessoas.

Mais de 20 mil cidadãos devem beneficiar-se da iniciativa de US$ 10 milhões que quer “proteger os direitos humanos dos migrantes, repatriados, deslocados internos e refugiados que fogem do conflito no Iémen para a Somália”.

Projeto

Este ano devem ser realizadas cinco das seis sessões planeadas, que arrancaram em finais de dezembro. A Organização Internacional para Migrações, OIM, e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, colaboram no projeto com o Centro de Ajuda e Assistência Humanitária King Salman.

A outra entidade envolvida é a Força Tarefa na Somália sobre a Situação do Iémen e as autoridades regionais e locais dos dois países.

A ideia é permitir que haja uma melhor resposta aos fluxos de refugiados, repatriados e migrantes do Iémen para cidades somalis como Mogadíscio, Garowe, Bossaso e Hargeisa.

Vítimas

Na sessão de dezembro, 22 funcionários governamentais de nove ministérios do estado somali da Puntlândia analisaram uma iniciativa de Bossaso que atende as vítimas de tráfico e de contrabando.

Para o diretor-geral do Ministério de Informação, Comunicação, Património e Cultura da Puntlândia, Mowlid Abukar, a formação é essencial porque os casos do tipo de crime “estão a aumentar” na região.

Sem revelar números, o representante disse que a situação é mais grave em Bossaso, uma “cidade movimentada com uma mistura de pessoas e vários residentes vindos principalmente da Etiópia, do centro e do sul da Somália e procuram chegar ao Iémen” a partir do porto local.