Perspectiva Global Reportagens Humanas

Malaui: estudo incentiva proteção da criança como parte do apoio humanitário

Assentamento para crianças malauianas. Foto: Unicef

Malaui: estudo incentiva proteção da criança como parte do apoio humanitário

País acolhe 36 mil candidatos a asilo e refugiados da África Austral; parceria entre Acnur e governo coordena esforços para dar mais abrigos e realizar ações de proteção infantil; medidas devem apoiar especialmente as meninas.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, no Malaui destaca uma iniciativa que integra a proteção da criança no auxílio humanitário. O objetivo é minimizar os casos de violação contra pessoas do grupo.

Um estudo publicado com o apoio da agência revela que a medida é “essencial para garantir que as crianças não sejam prejudicadas”.

Privacidade

Vários acampamentos que acolhem cidadãos estrangeiros serão novamente concebidos para garantir a “unidade das famílias, salvaguardando a privacidade dos seus membros e das crianças de acordo com as normas culturais” locais.

Diversas agências podem trabalhar juntas para atingir a meta, no país que acolhe mais de 36 mil candidatos a asilo e refugiados da região. Estes incluem refugiados moçambicanos que chegaram a um ano em meio ao Malaui.

De acordo com a pesquisa, a grande maioria dos refugiados moçambicanos vive em condições de superlotação em Kapise. A área está situada a cerca de 100 km da cidade malauiana de Lilongwe.

Terra

No assentamento espontâneo a cerca de 5 km da fronteira entre os dois países, o Acnur, várias agências parceiras e o governo do Malaui concordaram em transferir os moçambicanos candidatos a asilo para o acampamento de Luwani.

Os refugiados ficam no local por até dois dias até que sejam transferidos para um lote de terra e recebam materiais de abrigo e utensílios domésticos.

De acordo com o estudo, os esforços que envolvem abrigo e proteção à criança garantem um melhor ambiente para os menores, em particular as meninas, que vivem dentro e próximo dos abrigos.

Notícias relacionadas:

Ocha: necessidades humanitárias continuam a aumentar em África Austral