Insegurança alimentar grave afeta 40% de centro-africanos
Produção de cereais caiu em mais de um terço desde o início da crise; agências da ONU querem melhorar capacidade de produção e garantir acesso aos alimentos; FAO e PMA pedem mais ajuda para restaurar setor agrícola no país.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
Pelo menos 40% da população centro-africana enfrenta insegurança alimentar grave, segundo um estudo apoiado pela ONU.
Até o fim deste ano prevê-se que a situação de segurança alimentar piore em todo o país, revela a publicação da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, e o Programa Mundial de Alimentação, PMA.
Gado
A produção de cereais diminuiu 70% e a criação do gado baixou 46% em relação período anterior à crise, que foi provocada pelos confrontos entre grupos armados.
Após as eleições realizadas no princípio deste ano, o governo da República Centro-Africana, as duas agências da ONU e parceiros adotaram o Plano Nacional de Recuperação e Consolidação da Paz para cinco anos.
O objetivo é garantir uma transição gradual da assistência humanitária para a reabilitação e resiliência. Para as agências da ONU, um bom apoio à campanha agrícola de 2017 deve melhorar a segurança alimentar, aumentar as reservas de alimentos e contribuir para baixar os preços alimentares no país.
Apoio
A FAO e do PMA pedem mais apoio internacional aos esforços para restaurar o setor agrícola para permitir que as famílias dos agricultores melhorem a sua capacidade de produzir.
As outras metas são garantir o acesso aos alimentos e permitir que os beneficiários criem renda suficiente para reforçar os seus meios de subsistência.
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