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Refugiados no Quénia só têm comida para os próximos dois meses

Refugiados no Quénia. Foto: Acnur/Assadullah Nasrullah

Refugiados no Quénia só têm comida para os próximos dois meses

PMA quer alimentar 434 mil refugiados que devem passar por nova redução de alimentos num mês;  agência precisa de US$ 13 milhões para atender  à população de refugiados em cinco meses.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O Programa Mundial de Alimentação, PMA, revelou que só tem comida disponível para alimentar refugiados no Quénia até o fim de fevereiro.

Em nota, emitida em Roma, a agência destaca que poderá voltar a reduzir a entrega de alimentos no país que acolhe 434 mil refugiados se não receber mais fundos com rapidez.

Cortes

No total são necessários US$ 13,7 milhões para alimentar pessoas albergadas nos acampamentos de  Dadaab e Kakuma, bem como no recém-criado assentamento Kalobeyei.

Se os valores forem colocados à disposição, a agência pode comprar alimentos para o período entre dezembro e abril.

Este mês, o PMA disse ter sido forçado a fazer o primeiro corte, pela metade, na quantidade de alimentos que são recebidos mensalmente pelos refugiados.

A expectativa da agência é retomar rapidamente a ajuda alimentar usando o telemóvel para desembolsar dinheiro aos beneficiários, além de entregar produtos comprados em reservas regionais.

Quota

Em Dadaab e Kakuma os refugiados recebem cereais, leguminosas, óleo vegetal, farinha enriquecida com nutrientes e um terço da quota alimentar mensal em dinheiro para comprar alimentos frescos nos mercados locais.

O PMA revelou que cerca de US$ 22 milhões em alimentos estão a caminho de Dadaab e Kakuma. A oferta dos Estados Unidos só estará disponível para distribuição em maio.

*Apresentação: Denise Costa.

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