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ONU liberta fundos para atender 4 milhões no leste da RD Congo

Ocha quer uma reflexão sobre soluções mais sustentáveis para ajuda aos congoleses. Foto: ONU/Eskinder Debebe

ONU liberta fundos para atender 4 milhões no leste da RD Congo

Beneficiários de US$ 26 milhões  são vítimas de confrontos entre comunidades, grupos armados e operações militares; valor destina-se a ações urgentes nas províncias de Ituri, Kivu do Sul e Tshopo.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

As Nações Unidas entregaram US$ 26 milhões do Fundo Humanitário na República Democrática do Congo, RD Congo, para atender as necessidades urgentes de mais de 4 milhões de pessoas afetadas pela crise humanitária no leste do país.

Os valores foram entregues na terça-feira pelo coordenador humanitário no país, Mamadou Diallo, para três setores. Cerca de US$ 14,5 milhões foram para fornecer água, alimentação, cuidados de saúde, acesso à educação e artigos domésticos essenciais Na província de Ituri.

Grupos Armados

As Nações Unidas estimam que 700 mil pessoas fugiram para a região a partir do Kivu do Norte devido à insegurança causada por conflitos intercomunitários, confrontos entre grupos armados e operações militares.

O Kivu do Sul recebeu cerca de US$ 8 milhões destinados a responder às necessidades imediatas de cerca de 400 mil congoleses em sete dos oito territórios. Milhares de pessoas deixaram as suas casas devido à ação de vários grupos armados e confrontos entre comunidades locais.

Para a província de Tshopo foram canalizados US$ 3,5 milhões para atender as necessidades de mais de 28 mil deslocados que chegaram à área desde meados deste ano.

Insegurança

Mamadou Diallo destaca que desde o início de 2016, a insegurança devido à ação dos grupos armados, os conflitos comunais e a proliferação de doenças levaram milhões de pessoas a deixar as suas áreas de origem.

A prioridade é responder às várias necessidades imediatas enquanto se faz uma reflexão sobre soluções mais sustentáveis, destacou.

O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, estima que mais de 90% dos deslocados vivem com famílias de acolhimento que também carecem de auxílio.

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