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FAO e Vaticano condenam pesca ilegal e pedem ação coletiva BR

A FAO e a Santa Sé defendem também o fim da pesca ilegal ou não reportada, que retira dos oceanos entre 11 e 26 milhões de toneladas de peixes por ano. Foto: FAO

FAO e Vaticano condenam pesca ilegal e pedem ação coletiva

Outro problema é o tráfico de pessoas e o trabalho forçado no mar; reunião de agência da ONU e da Santa Sé marcou o Dia Mundial da Pesca.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, e o Vaticano estão pedindo mais ação internacional para o fim dos abusos de direitos humanos na indústria da pesca, incluindo tráfico de pessoas e trabalho forçado.

A FAO e a Santa Sé defendem também o fim da pesca ilegal ou não reportada, que retira dos oceanos entre 11 e 26 milhões de toneladas de peixes por ano.

Dia Mundial

O apelo foi feito esta segunda-feira, quando as duas entidades reuniram-se em Roma, na Itália, num evento para marcar o Dia Mundial da Pesca.

O diretor da agência da ONU declarou que “infelizmente, a mesma indústria que fornece alimentos e renda para milhões de pessoas, também vitimiza os mais vulneráveis”.

José Graziano da Silva explicou que a FAO e a Santa Sé estão pedindo a colaboração de todos para acabar com os abusos de direitos humanos em toda a cadeia de produção pesqueira.

Sustentabilidade

Alguns casos no setor que foram citados pelo diretor da FAO: abusos trabalhistas, trabalho forçado, tráfico, escravidão e trabalho infantil. Segundo Graziano da Silva, é importante garantir que os peixes consumidos foram produzidos de maneira sustentável e também promovendo o bem-estar econômico e social dos pescadores.

Para o secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, são necessárias ações em três frentes: fornecer ajuda aos pescadores que são explorados; garantir o cumprimento das regras internacionais de pesca; e luta contra o tráfico e o contrabando.

O representante afirmou ainda que a Santa Sé condena “a trágica realidade dentro da indústria da pesca, onde centenas de milhares de migrantes são traficados para o trabalho forçado”.

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