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ONU: 90% das mortes nas estradas ocorrem em países de rendas baixa e média BR

Foto: Banco Mundial

ONU: 90% das mortes nas estradas ocorrem em países de rendas baixa e média

Melhor atendimento de emergência pode poupar meio milhão de vidas por ano nessas nações; secretário-geral apela para melhor qualidade e segurança em vias e veículos no Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Mais de 3,4 mil pessoas perdem a vida por dia nas estradas do mundo. A estimativa é das Nações Unidas que por ocasião do 20 de novembro, Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito, apelam para medidas que tornem as estradas mais seguras.

Para o secretário-geral, Ban Ki-moon, evitar o tipo de mortes depende de melhorias na qualidade e na segurança das estradas e dos veículos.

Cintos de segurança

As outras medidas são evitar o excesso de volocidade, a condução em estado de embriaguez além de promover fortemente o uso de cintos de segurança, capacetes em motos e assentos para crianças.

Ban também pede foco na resposta depois da colisão com ações como atendimento de emergência em tempo útil, melhor tratamento médico, apoio psicológico e reabilitação para os feridos como formas de salvar vidas e reduzir a deficiência.

O chefe da ONU manifesta preocupação com o fracasso de muitos países em prestar cuidados eficazes às vítimas de trânsito após os acidentes, a falha em investigar sinistros com precisão e a falta de acordos justos aos feridos.

Emergência

Após mencionar uma “grande disparidade no acesso aos cuidados de emergência”,  Ban cita cerca de 90% das mortes que ocorrem nas estradas de países de rendas baixa e média.

Com sistemas de atendimento de emergência para os pacientes gravemente feridos que fossem equivalentes aos níveis de nações com alto desempenho, estima-se que 500 mil vidas poderiam ser salvas a cada ano nessas nações.

O secretário-geral destaca que é importante atingir a Meta de Desenvolvimento Sustentável 3.6 que prevê reduzir em 50% o número de pessoas mortas e feridas em acidentes de trânsito até 2020.