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ONU cria força-tarefa para implementar recomendações no Sudão do Sul BR

Hervé Ladsous. Foto: ONU/Manuel Elias

ONU cria força-tarefa para implementar recomendações no Sudão do Sul

Anúncio foi feito pelo subsecretário-geral para Operações de Paz, Hervé Ladsous, que afirmou que o secretário-geral Ban Ki-moon aprovou sugestões de equipe de investigação.

O subsecretário-geral da ONU para Operações de Paz, Hervé Ladsous, anunciou a criação de uma força-tarefa para implementar as recomendações feitas por uma equipe de investigação independente sobre a violência recente no Sudão do Sul.

A equipe concluiu que a Missão das Nações Unidas no país africano, Unmiss, falhou na proteção da população civil quando teve início uma onda de violência dentro e fora das instalações da ONU em Juba, a capital sul-sudanesa, em julho.

Conselho de Segurança

Depois de reunião no Conselho de Segurança, Ladsous afirmou que o objetivo da força-tarefa será implementar as sugestões feitas pelos investigadores e que foram aprovadas pelo secretário-geral, Ban Ki-moon.

Ele disse que tentará avançar com o processo o mais rápido possível.

A reunião de Ladsous com os membros do Conselho de Segurança aconteceu depois de o secretário-geral ter recebido um relatório da equipe de investigação especial independente sobre a resposta da Unmiss à violência na região.

Pelo menos 73 pessoas morreram, incluindo mais de 20 deslocados internos que estavam dentro das áreas de segurança nas instalações da ONU.

Ao comentar sobre a substituiçào imediata do comandante da força da Unmiss, o general queniano Johnson Mogoa Kimani Ondieki, Ladsous disse que “há um amplo sistema de prestação de contas e que todos têm um grau de responsabilidade”.

No caso do general, o subsecretário-geral afirmou que as conclusões da equipe especial de investigação “foram irrefutáveis”.

Desafio

Segundo a ONU, o Sudão do Sul enfrenta vários desafios desde que a disputa política entre o presidente Salva Kiir e o ex-primeiro-vice-presidente, Riek Machar virou um conflito entre simpatizantes dos dois lados em dezembro de 2013.

A crise causou um dos piores movimentos de deslocados internos e refugiados do mundo.