Refugiados de Saara Ocidental a enfrentar escassez de comida

Três agências da ONU a atuar na Argélia fazem apelo por doações financeiras; sem dinheiro, cortar porções de alimentos será alternativa; refugiados da região a viver em condições difíceis há 40 anos.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

Três agências da ONU a atuar na Argélia estão a fazer um apelo por mais doações financeiras em prol dos refugiados do Saara Ocidental. Sem fundos suficientes, será necessário fazer cortes nas porções de comida.

O comunicado conjunto é do Programa Mundial de Alimentação, PMA, da agência da ONU para Refugiados, Acnur, e do Fundo da ONU para a Infância, Unicef.

Dificuldades

As três entidades ressaltam que os refugiados do Saara Ocidental estão há mais de 40 anos a viver em “condições muito extremas” no deserto, no suodeste da Argélia.

O PMA é a principal fonte de alimentos nos acampamentos para os refugiados. Mas uma possível redução nas porções terá impactos severos nos civis, especialmente nas crianças, grávidas e doentes. Assistência alimentar é crucial segundo as três agências.

Baixos Estoques

Mas o PMA está a enfrentar um défice de US$ 10 milhões, dinheiro que poderá fazer toda a diferença nos próximos seis meses. Para novembro e dezembro, a quantidade de comida entregue aos refugiados será reduzida pela metade.

Os estoques de farinha, de óleo e de arroz estão quase a acabar. Por isso o apelo para que países e outras entidades façam as suas doações e contribuam com as operações do PMA, do Acnur e do Unicef, que têm como prioridade garantir que os refugiados recebam alimentos, educação, saúde e abrigo.

*Apresentação: Denise Costa.

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