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Unctad quer mais atenção internacional com tráfico de plantas BR

Orquídea do Jardim Nacional de Orquídeas de Singapura. Foto: ONU/Eskinder Debebe

Unctad quer mais atenção internacional com tráfico de plantas

Problema está levando à extinção de algumas espécies segundo Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento; Estados Unidos recuperam, por ano, 5,6 mil plantas traficadas; estudo envolveu comércio de orquídeas.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O comércio ilegal está contribuindo para a extinção de espécies de plantas selvagens, segundo a Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad.

A entidade lembra que com o “roubo de recursos naturais”, o comércio ilegal priva comunidades de obterem seu sustento e governos de obterem renda. Só os Estados Unidos, por exemplo, apreendem por ano 5,6 mil plantas traficadas.

Proteção

O mercado mundial do tráfico de espécies da fauna e da flora movimenta US$ 258 bilhões por ano e geralmente é associado à caça de elefantes e ao roubo de orquídeas.

Mas a Unctad destaca ser cada vez mais comum o roubo de espécies raras de plantas, que depois são vendidas de forma ilegal por conta de sua beleza ou de suas propriedades medicinais.

Cerca de 30 mil espécies de plantas já estão protegidas pela Cites, a Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora Selvagens.

Orquídeas

A Unctad fez dois estudos, um sobre orquídeas e cicadáceas da América Latina, e o outro sobre plantas medicinais da Ásia. Os pesquisadores descobriram inconsistências nos dados sobre exportações e importações. As discrepâncias chegavam a 20% no comércio de orquídeas e 33%  no comércio de cicadáceas.

No caso do comércio das lascas da madeira agar, usada em perfumes e na medicina tradicional chinesa, o Laos, por exemplo, não reportou nenhuma transação de exportação entre 2005 e 2014. Mas a Unctad afirma que países da Ásia confirmam a importação de mais de 15 toneladas de lascas da madeira, vindas do Laos.

A entidade explica ser difícil descobrir o que realmente aconteceu, mas a falta de dados indica possivelmente comércio ilegal das espécies.

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