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Apoio à República Centro-Africana “mais importante que nunca”

Hervé Ladsous. Foto: ONU/Eskinder Debebe (arquivo)

Apoio à República Centro-Africana “mais importante que nunca”

Avaliação é do subsecretário-geral para Operações de Paz, Hervé Ladsous; no Conselho de Segurança, representante destacou conferência de doadores que será realizada em Bruxelas em novembro.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O apoio internacional contínuo para ajudar a população da República Centro-Africana nos seus esforços para estabilizar o país é agora “mais importante do que nunca”.

A falar no Conselho de Segurança, o subsecretário-geral para Operações de Paz, Hervé Ladsous, destacou a importância da conferência de doadores, organizada pela União Europeia, a ser realizada em Bruxelas a 17 de novembro.

Compromisso

Segundo Ladsous, em casos anteriores, com o tempo, a comunidade internacional “falhou em sustentar o seu envolvimento no país, o que prejudicou as ações de estabilização”.

Ele ressaltou que embora a responsabilidade principal sobre o retorno à paz e estabilidade seja dos centro-africanos, é preciso garantir que o erro anterior “não seja repetido”.

Ladsous disse ainda que, como desmonstação do “compromisso das Nações Unidas com a paz no país e com o sucesso da conferência de doadores, o vice-secretário-geral, Jan Eliasson, será o líder da delegação da organização em Bruxelas”.

Fragilidade

De acordo com o subsecretário-geral, eventos recentes demonstraram que a situação “permanece frágil”. Ele citou que “instituições centro-africanas também devem aumentar suas ações para acabar com ataques a atores humanitários e ajudar a criar condições para o retorno de refugiados e deslocados internos”.

Ladsous destacou que a Missão da ONU na República Centro-Africana, Minusca, e a comunidade internacional devem continuar firmes ao lado da população do país para abordar esses desafios.

Progresso

O subsecretário-geral afirmou no entanto que, em contraste a alguns acontecimentos preocupantes, as autoridades do país continuaram a avançar na implementação da visão do presidente Touadéra para a nação”.

A medida inclui envolver grupos armados para começar um diálogo formal para lançar o programa nacional de desarmamento, desmobilização, reintegração e repatriação.

A primeira reunião do comité consultivo deve ser realizada nesta quarta-feira, 12 de outubro, em Bangui, pelo presidente do país. Representantes de 11 dos 14 grupos armados devem participar no encontro.

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