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Investimento estrangeiro direto deve cair entre 10% e 15% este ano BR

Nos últimos anos o fluxo de investimento estrangeiro direto tem sido volátil. Foto: Unctad

Investimento estrangeiro direto deve cair entre 10% e 15% este ano

Estimativa é da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad; cálculos são em comparação a 2015.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

O fluxos de investimento estrangeiro direto, IED, devem cair para entre US$ 1,5 trilhão e US$ 1,6 trilhão esse ano, uma queda de 10% a 15% em relação a 2015, antes de uma recuperação planejada para 2017 e 2018.

As estimativas estão num documento da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad.

Preocupação 

Segundo a agência, o fluxo de investimento estrangeiro direto tem sido volátil nos últimos anos. Analistas alertam que esta incerteza terá aspectos negativos nas cadeias de valor global e de comércio.

Ao mesmo tempo, o chefe da Unctad, Mukhisa Kituyi, afirmou que o caminho para a recuperação dos IEDs parece difícil.

Para Kituyi, esta queda é preocupante porque a economia global precisa “urgentemente” da recuperação dos investimentos.

Ele declarou que a agência prevê uma recuperação dos investimentos estrangeiros diretos em 2017, que chegariam a US$ 1,8 trilhão em 2018, “mas devem permanecer abaixo do pico pré-crise”.

Regiões

O Unctad ressalta diversidades entre regiões. Na África, por exemplo, a entrada de IEDs deve voltar a crescer em 2016 e após profundas quedas nos últimos três anos, os fluxos para economias em transição também devem ter crescimento modesto.

No entanto, nos países em desenvolvimento da Ásia e na América Latina e Caribe, deve haver um declínio nos investimentos estrangeiros diretos.

Em economias desenvolvidas, os IEDs tiveram crescimento acentuado em 2015, mas isto não deve durar este ano.

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