PMA mobiliza assistência para caribenhos afetados pelo furacão Matthew
Prioridade é ajudar governo a garantir refeições para as pessoas vulneráveis nos países da região; cerca de 4 milhões de crianças expostas aos riscos do fenômeno natural; furacão de categoria 4 é “muito potente” e se move devagar.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Um furacão “perigoso, muito potente e que se move devagar” – é assim que a Organização Mundial de Meteorologia define o furacão Matthew, de categoria 4, que está causando ventos de 230 km/h e chuvas fortes nos países do Caribe.
O Haiti é a primeira ilha a ser atingida, seguido da República Dominicana, Cuba e Bahamas, por onde o fucarão deve passar nesta quarta-feira. O Programa Mundial de Alimentos, PMA, já está preparado para fornecer assistência aos países caribenhos.
Logística
O diretor da agência no Haiti, Carlos Veloso, conversou com a Rádio ONU de Porto Príncipe e falou sobre a logística para atender as populações afetadas pelo furacão Matthew.
“O programa tem em estoque cerca de 5 mil toneladas de alimentos que podem ser despachadas assim que as estradas estejam livres e sabemos que existem pequenos estoques de cobertores, tendas, jerry cans (galões), instrumentos de cozinha para serem distribuídos. Sabemos também que agências como Usaid estão a concentrar em Miami grandes quantidades desses produtos não alimentares, mal as condições fiquem melhores, mal o aeroporto abra, para trazer esses bens para o Haiti.”
Carlos Veloso conta que a parte sul do Haiti deve ser a mais afetada pelo furacão. A quantidade de comida que o PMA já alocou para enviar é suficiente para alimentar 300 mil pessoas por um mês.
Crianças
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, calcula que mais de 4 milhões de crianças haitianas fiquem expostas aos danos do furação Matthew. Essa é a pior tempestade que o país enfrenta desde 1963, quando o furacão Flora matou mais de 6 mil pessoas.
O Haiti ainda se recupera da destruição causada por um terremoto que atingiu o país em 2010. Segundo o Unicef 40% da população depende de fontes de água que não são seguras e 27 mil casos suspeitos de cólera foram relatados neste ano.
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