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Cruz Vermelha espera forte ação dos líderes para tratar crise de refugiados

Familia de refugiados sírios se recupera após a travessia no Mar Mediterrâneo. Foto: UNHCR/Ivor Prickett

Cruz Vermelha espera forte ação dos líderes para tratar crise de refugiados

Cimeira de alto nível das Nações Unidas reúne chefes de Estado e de governo esta segunda-feira; presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha fala sobre condições de vida “inaceitáveis” causadas pela brutalidade da violência.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha está a fazer um apelo aos líderes mundiais esta segunda-feira. Peter Maurer pede ações mais fortes para tratar as causas do grande fluxo de pessoas que deixem os seus países de origem.

O apelo ocorre por ocasião da Cimeira de Alto Nível da ONU sobre Refugiados e Migrantes, que acontece este 19 de setembro na sede da organização, em Nova Iorque, com a presença de chefes de Estado e de governo.

Condição Inaceitável

O presidente da Cruz Vermelha lembra que a violência está por detrás dos deslocamentos em massa de pessoas. Maurer cita a “realidade brutal da guerra, acompanhada de repetidas violações das leis humanitárias, que criam condições de vida inaceitáveis”.

Segundo o chefe da entidade, ataques indiscriminados contra infraestruturas civis, como hospitais, deixam a população sem meios para sobreviver, situação comum em países em conflito.

65 Milhões

As Nações Unidas calculam que 65,3 milhões de pessoas abandonaram as suas casas devido à violência ou  a desastres naturais. Deste total, mais de 21 milhões estão refugiados em outros países.

A cimeira de alto nível busca promover o debate sobre soluções para esses civis. Neste sentido, o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola, Ifad, acaba de anunciar uma iniciativa de US$ 100 milhões em prol dos refugiados e deslocados internos.

O dinheiro será usado em projetos nas áreas rurais. A agência da ONU já recebeu pedidos de ajuda por parte da Jordânia, do Líbano, do Sudão e da Tunísia, países que querem ser beneficiados pelo projeto Instalação para Refugiados, Migrantes, Deslocados e Estabilidade Rural, Farms (na sigla em inglês).