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Especialistas em direitos humanos chegam ao Sudão do Sul

Refugiados do Sudão do Sul a caminho de Uganda. Foto: Acnur/Will Swanson.

Especialistas em direitos humanos chegam ao Sudão do Sul

Missão de 19 dias também terá passagens por Etiópia e Uganda, para avaliar as condições de vida dos refugiados; equipa da ONU terá encontros com ministros, parlamentares e possivelmente, reunião com presidente Salva Kiir.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos no Sudão do Sul iniciou esta quarta-feira uma missão ao país. Durante 19 dias, o grupo passará também por Etiópia e Uganda para encontros com líderes políticos e comunitários e com refugiados sul-sudaneses.

A equipa foi formada em março pelo Conselho de Direitos Humanos, com o mandato de monitorizar e reportar a situação de direitos humanos no país mais novo do mundo.

Justiça

Os especialistas buscam estabelecer uma base factual para a justiça de transição e fornecer orientações ao governo de transição. Os três relatores (Yasmin Sooka, Ken Scott e Godfrey Musila) terão encontros com ministros, parlamentares, polícias, oficiais de justiça e militares.

O grupo também pediu uma reunião com o presidente Salva Kiir. Durante os próximos dias, haverá visitas aos campos para desalojados em Juba e Bentiu. A equipa fica no Sudão do Sul até o dia 15 de setembro.

Refugiados

De lá, a missão parte para Adis Abeba, na Etiópia, para encontros com líderes da União Africana, da Autoridade Intergovernamental sobre Desenvolvimento e com representantes da sociedade civil.

A última etapa da viagem será no Uganda, onde os três especialistas passarão por Kampala e Adjumani para checar as condições de vida de refugiados sul-sudaneses.

Segundo a Organização Internacional para Migração, mais de 1,6 milhões de pessoas estão deslocadas no Sudão do Sul e outros 786 mil civis buscaram abrigo em nações vizinhas, desde o início dos confrotos há quase três anos.

A Comissão da ONU deve apresentar um relatório completo sobre a missão em março de 2017 no Conselho de Direitos Humanos.

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