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OMS elogia Brasil por medidas de combate ao vírus da zika na Olimpíada BR

Bebê com microcefalia. Foto: Unicef/Ueslei Marcelino

OMS elogia Brasil por medidas de combate ao vírus da zika na Olimpíada

Comitê de Emergência afirmou que até agora não houve nenhum registro de casos da doença atletas e outros participantes do evento.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, elogiou o Brasil esta sexta-feira pelas medidas de combate ao vírus da zika adotadas pelo governo antes e durante os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.

A declaração foi feita durante a 4ª reunião do Comitê de Emergência, em Genebra, onde os especialistas disseram que “até o momento, não houve nenhum registro de casos confirmados de zika entre as pessoas e atletas que participaram das Olimpíadas e o retorno deles aos seus países de origem”.

Jogos Paralímpicos

Segundo o comitê, não há motivos para a implementação de qualquer restrição a viagens ou comércio em áreas e territórios afetados pela transmissão do vírus, incluindo o Rio de Janeiro, que vai abrigar os Jogos Paralímpicos a partir do dia 7 de setembro.

Os especialistas discutiram também os últimos acontecimentos em relação ao zika, como a propagação do vírus, histórico da doença e complicações neonatais como a microcefalia e a síndrome Guillain-Barré, que causa paralisia.

Eles avaliaram ainda os últimos dados sobre transmissões do vírus através de relações sexuais.

Depois de considerar as informações apresentadas por Brasil, Estados Unidos e Cingapura sobre as medidas de combate aplicadas contra a zika, o Comitê afirmou que a infecção continua sendo uma preocupação internacional de emergência de saúde pública.

Impacto

Os especialistas recomendaram à diretora-geral da OMS que analise a criação de um plano de resposta e uma infraestrutura apropriada dentro da própria agência da ONU para coordenar os esforços num longo prazo.

O grupo disse que é necessário um conhecimento científico mais profundo sobre o zika, incluindo a parte clínica e de prevenção como também mais pesquisas.

Levando em consideração o impacto que o vírus tem sobre os países mais pobres e com fracos sistemas de saúde, o comitê recomendou que a OMS forneça apoio para vigilância e controle do zika.

Os especialistas do Comitê de Emergência voltam a se reunir dentro de três meses para avaliar novamente a situação.

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