Relator especial da ONU chega à China para avaliar combate à pobreza BR

Especialista em extrema pobreza e direitos humanos ficará no país até 23 de agosto; Philip Alston vai se reunir com representantes do governo, da sociedade civil e intelectuais.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O relator especial da ONU sobre Extrema Pobreza e Direitos Humanos, Philip Alston chegou esta segunda-feira à China para uma visita de nove dias.
Alston vai avaliar os esforços do governo chinês para erradicar a pobreza e como esses esforços estão "ancorados" nas obrigações internacionais do país em relação aos direitos humanos.
População
O relator vai se reunir com representantes dos governos municipais e estaduais, organizações não governamentais, intelectuais, representantes de organizações internacionais e da comunidade diplomática.
Além de Pequim, Alston vai passar vários dias na província de Yunnan. A China registrou um avanço significativo nos esforços para a erradicação da pobreza nas últimas décadas, dado o tamanho de sua população, mais de 1 bilhão de pessoas.
Ele afirmou que esse progresso teve um impacto importante e benéfico sobre os níveis de pobreza globais. Em comparação com o resto do mundo, o representante da ONU disse que a China tem vários desafios para enfrentar o problema.
Educação e Saúde
Alston vai analisar a pobreza não somente na questão da falta de rendimentos ou salários, mas de outros fatores, como deficiências nos setores de educação, saúde e previdência social.
Ainda na lista estão poluição, mudança climática e várias formas de discriminação.
Para o relator da ONU, "o desafio real está em salvaguardar o que foi alcançado anteriormente e garantir que a pobreza existente no país será combatida em toda a sua dimensão".
A China ratificou vários tratados de direitos humanos e Alston quer ver como o país incluiu esses direitos em seu sistema de justiça e como assegurou apoio institucional à sua promoção.
Além disso, ele que saber como o governo implementou um mecanismo de prestação de contas para garantir a proteção e a aplicação desses direitos.
Alston vai apresentar suas observações e recomendações preliminares numa coletiva de imprensa no final da viagem, em 23 de agosto. O relatório final vai ser enviado ao Conselho de Direitos Humanos em junho do ano que vem.
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