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Após ataque em Nice, ONU pede intensificação do combate ao terrorismo BR

Secretário-general da ONU, Ban Ki-moon. Foto: ONU/Rick Bajornas

Após ataque em Nice, ONU pede intensificação do combate ao terrorismo

Conselho de Segurança condena “ato de barbárie”, enquanto secretário-geral, Ban Ki-moon, reforça apoio ao governo francês; para alto comissário de Direitos Humanos, “carnificina foi golpe no coração da humanidade”.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

As Nações Unidas condenam o ataque terrorista ocorrido na noite de quinta-feira em Nice, na França. Segundo agências de notícias, pelo menos 84 pessoas, incluindo crianças, morreram atropeladas por um caminhão, durante as celebrações do Dia da Bastilha. O motorista foi morto a tiros pela polícia.

O secretário-geral da ONU enviou os pêsames às famílias das vítimas “de uma ação horrível” e reforçou que a organização continua prestando forte apoio ao governo e ao povo da França.

Barbárie

Ban Ki-moon espera que os organizadores do massacre sejam identificados e julgados. Ele destaca que os esforços regionais e internacionais de combate ao terrorismo e ao extremismo violento precisam ser intensificados.

O Conselho de Segurança também condenou o ataque, classificando como “um ato de barbárie e covarde”. Os países-membros do órgão lembram que o terrorismo é uma das ameaças mais sérias à paz internacional e à segurança, além de serem ações injustificáveis.

Golpe na Humanidade

Já o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos afirmou estar chocado com “a horrorosa carnificina ocorrida em Nice”. Para Zeid Al Hussein, usar um caminhão como arma letal foi outro “golpe duro dos extremistas no coração da humanidade”.

Zeid lembrou de vários ataques recentes, ocorridos em Bagdá, Bruxelas, Daka, Istambul, Medina e Orlando. Para o alto comissário, a sociedade está sendo confrontada por uma “ideologia que cria fanáticos preparados para matar”.

Fim da Ideologia

O representante da ONU lamentou que quando um meio de assassinar pessoas torna-se de difícil alcance, como sequestrar avião, explodir bombas, conseguir metralhadoras, “eles simplesmente encontram outros meios.”

Zeid sugere que a resposta a esses ataques seja calculada e muito sofisticada, envolvendo muito mais do que somente aumentar a segurança. Para o chefe de Direitos Humanos, é preciso “esvaziar a ideologia, para que a mesma volte para onde pertence, ou seja, a lugar nenhum”.

A França é o país sede da Unesco, que também condenou o atentado em Nice. A diretora-geral da organização, Irina Bokova, foi uma tentativa odiosa de destruir a humanidade, por isso os esforços de prevenção do extremismo violento por meio da educação focada nos direitos humanos e no respeito à diversidade, precisaprecisam continuar.”