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ONU abriga debate histórico com candidatos a secretário-geral (Parte 2) BR

Bandeira das Nações Unidas. Foto: ONU/John Isaac

ONU abriga debate histórico com candidatos a secretário-geral (Parte 2)

Segunda parte do encontro teve candidatos da Bulgária, da Costa Rica, da Eslovênia, de Montenegro e da Nova Zelândia

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

Nesta terça-feira, a Assembleia Geral das Nações Unidas abrigou um debate histórico entre 10 candidatos ao posto de próximo líder da organização.

O encontro foi realizado no hall da Assembleia em duas partes com cinco candidatos no início: Vesna Pusic, da Croácia, António Guterres, de Portugal, Susana Malcorra, da Argentina, Vuk Jeremic da Sérvia e Natalia Gherman da Moldávia.

Os candidatos receberam perguntas dos apresentadores da TV Al Jazeera, que organizou o debate em parceria com a Presidência da Assembleia Geral, e de integrantes do público no hall do órgão da ONU, incluindo embaixadores dos países-membros da organização.

Desafios

Helen Clark, da Nova Zelândia, foi a primeira a responder à pergunta que abriu a segunda parte do debate mencionando os vários desafios que a ONU enfrenta e como a organização deve trabalhar para superá-los.

Segundo ela, a parte na qual a ONU está falhando é na questão da paz e da segurança.

Ao assumir o microfone, Danilo Tuerk, da Eslovênia, afirmou que o mundo precisa de uma nova ONU com compromisso e visão. Ele contou que, durante toda a sua carreira, incluindo o tempo em que foi secretário-geral assistente, trabalhou demonstrando visão e compromisso e que sua determinação só se tornou mais forte.

Gestão

A mais nova candidata ao cargo, Christiana Figueres, da Costa Rica, que anunciou a candidatura na semana passada, destacou a importância de paciência e determinação como aspectos de liderança lembrando o Acordo de Paris, que foi firmado durante a gestão dela como chefe da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, Unfccc.

Ao ser perguntado sobre o tema, Igor Luksic, de Montenegro, lembrou dos desafios que o seu próprio país enfrentou durante a guerra dos Bálcãs e de como, com cooperação e trabalho, foi possível vencer a situação. Ele também destacou que os jovens, que são uma parte importante da população global, precisam ter mais voz nos processos de decisão.

A candidata da Bulgária, Irina Bokova, foi a última a falar na segunda rodada do debate e começou destacando a importância da cultura e dos desafios enfrentados pelo mundo. Ela afirmou acreditar no poder do multilateralismo e por ser da Europa do Leste ela aprendeu a importância de construir pontes e caminhos para o diálogo.

Acesse o debate pela TV ONU. Também é possível seguir o debate pelo Twitter com a hashtag #UNSGcandidates.

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