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Ban: ataques antes do dia da independência são “nova traição” no Sudão do Sul

Secretário-geral da ONU. Foto: ONU/Mark Garten

Ban: ataques antes do dia da independência são “nova traição” no Sudão do Sul

Secretário-geral encoraja parceria dos líderes do país para implementar pacto de paz; mensagem exige fim imediato dos confrontos e que sejam disciplinados os militares envolvidos; país celebra declaração de autonomia a 9 de junho.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu ao presidente Salva Kiir e ao primeiro vice-presidente Riek Machar, do Sudão do Sul, o fim imediato dos confrontos e que “disciplinem os líderes militares responsáveis pela violência”.

Nas vésperas das celebrações dos cinco anos de independência do país, este 9 de julho, o chefe da ONU disse que ambos devem trabalhar como parceiros para implementar o acordo sobre a resolução do conflito no Sudão do Sul.

Combates

O apelo foi feito em nota publicada na noite antes da celebração, na qual Ban disse estar “profundamente alarmado pelos combates” entre soldados do Exército Popular de Libertação do Sudão, Spla, e a oposição na capital Juba.

Ban frisa que o início das hostilidades próximo do quinto aniversário da independência do país é a “outra ilustração da falta de compromisso sério das partes com o processo de paz”.

Atrocidades

Para o chefe da ONU, as ações representam uma “nova traição” ao povo do Sudão do Sul que sofreu “atrocidades incompreensíveis” desde dezembro de 2013.

Ban deplora o ressurgir da violência nas cidades de Wau e Bentiu e alerta que esta pode levar a “agravar as condições de segurança de forma dramática” em todo o país.

O secretário-geral condena o ataque desta quinta-feira contra um funcionário sénior da ONU em Juba e contra as operações humanitárias.

O pedido é que seja respeitado o Direito Internacional Humanitário e garantido um acesso sem restrições aos necessitados para Nações Unidas e os seus parceiros.

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