OIM faz apelo para crises na Bacia do Lago Chade e da Rep. Centro-Africana
Quase 3 milhões de pessoas foram deslocadas na Nigéria, Níger, Camarões e Chade; cerca de 400 mil permanecem desalojados na República Centro-Africana.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Organização Internacional para Migrações, OIM, fez um apelo a doadores que enfrentem as crises humanitárias a afetar a Bacia do Lago Chade e a República Centro-Africana.
A crise na Bacia do Lago Chade começou em 2014 com a insurgência do grupo Boko Haram e as operações militares em seguida. Milhares de pessoas morreram e quase 3 milhões foram deslocadas nos Camarões, no Chade, no Níger e na Nigéria.
Nigéria
De acordo com a OIM, mais de 2 milhões foram desalojados apenas na Nigéria. O apelo de US$ 61 milhões da agência parceira da ONU para a Bacia do Lago Chade enfrenta atualmente um déficit de US$ 49 milhões.
As prioridades da OIM para a região incluem fornecimento de abrigos de emergência, itens não alimentares de ajuda e atividades de gestão de campos.
O objetivo é que a assistência vital chegue a mais de 300 mil pessoas especialmente vulneráveis, incluindo sobreviventes de violência sexual e de gênero, domicílios chefiados por mulheres e crianças, idosos, pessoas com deficiência e indivíduos que sofreram com traumas psicológicos.
República Centro-Africana
A crise na República Centro-Africana, que começou em 2013, foi desencadeada por violência intercomunitária e levou a deslocamento forçado em massa.
Apesar da melhora da situação de segurança, em geral, as condições nos locais de deslocamento permanecem difíceis, segundo a OIM.
Acesso a serviços básicos são limitados e “comunidades de risco” continuam a passar por períodos de confrontos violentos. Cerca de 400 mil pessoas permanecem desalojadas.
Revitalização
Cidadãos da República Centro-Africana têm retornado do vizinho Chade desde maio do ano passado, a criar uma necessidade crescente para iniciativas de estabilização e revitalização de comunidades.
Até o momento, a OIM prestou assistência a mais de 600 mil pessoas na República Centro-Africana e quer chegar a outras 400 mil até o fim do ano.
O apelo da agência de US$ 42,5 milhões para o país recebeu US$ 19,3 milhões da União Europeia, do Escritório de Apoio à Manutenção da Paz da ONU e dos governos do Japão e da Alemanha.
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