Migrantes enviaram US$ 450 bi para seus países de origem em 2015
Fundo Internacional para Desenvolvimento Agrícola quer maior reconhecimento dessa contribuição financeira; Fida disse que envio de dinheiro gera estabilidade para famílias e países.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O presidente do Fundo Internacional para Desenvolvimento Agrícola, Fida, Kanayo Nwanze, afirmou que as remessas de dinheiro feitas por migrantes geram estabilidade para famílias e países que as recebem. A declaração foi feita para marcar o Dia Internacional das Remessas Familiares, esta quinta-feira, 16 de junho.
Nwanze pediu “maior reconhecimento dessas contribuições financeiras”. Segundo ele, o dinheiro é uma salvação particularmente para os que vivem em sociedades consideradas frágeis ou pós-conflito.
US$ 450 bilhões
Em 2015, aproximadamente 250 milhões de migrantes no mundo enviaram US$ 450 bilhões, o equivalente a R$ 1,5 trilhão, de volta aos seus países de origem.
O chefe do Fida disse que “o envio de dinheiro pode ajudar a reconstruir o tecido das sociedades, impulsionar o desenvolvimento econômico e gerar a estabilidade necessária para um futuro de esperança”.
No ano passado, 60 milhões de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas por causa de conflitos e crises políticas, incluindo 20 milhões de refugiados.
Nwanze declarou que “não importa quantas pessoas deixam seus países de origem para escapar da pobreza ou de conflitos; muitas outras continuam vivendo na região”.
El Salvador e Líbano
Segundo ele, é importante ter como foco os que estão vivendo em áreas de conflito onde o envio de dinheiro pode ter um impacto positivo maior.
O presidente do Fida citou El Salvador, Líbano e Sri Lanka como exemplo de sociedades em conflito que foram reconstruídas com a ajuda do envio das remessas.
Na última década, o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola coordenou o programa de remessas em mais de 40 países, ajudando no processo de envio e dando às famílias mais opções de investimento.
Além disso, o Ifad ajudou também na criação de oportunidades para o desenvolvimento de empresas e empregos.
Leia Mais:
Agência da ONU anuncia expansão de programas no nordeste do Brasil
Dois projectos do Fida contribuem para a fase pós-ébola em África
Fida: pequenos produtores precisam de participar nas negociações do clima