Agência mencionou prisão de 313 pessoas que foram repatriadas à força; Acnur defendeu que indivíduos têm direito de solicitar asilo a qualquer momento e de terem acesso a uma processo justo e eficiente.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A agência da ONU para refugiados, Acnur, expressou preocupação com relatos de expulsões coletivas de eritreus do Sudão de volta para seu país de origem.
Segundo o Acnur, pelo menos 313 eritreus foram presos em 6 de maio, na cidade de Dongola, norte do Sudão. Eles foram julgados e condenados por “entrada ilegal” no país sob as leis nacionais de imigração e repatriados à força em 22 de maio.
Expulsão
A agência também recebeu relatos de uma expulsão coletiva de outras 129 pessoas poucos dias antes.
A última remoção incluiu seis eritreus registados como refugiados. Segundo o Acnur, outros não solicitaram asilo, mas não está claro se tiveram a oportunidade de fazê-lo.
A agência defendeu que indivíduos têm o direito de solicitar asilo a qualquer momento e de terem acesso a um processo justo e eficiente.
O Acnur lembrou o Sudão de suas obrigações sob leis nacionais e internacionais e fez um apelo ao governo que evite a repatriação forçada de eritreus.
*Apresentação: Michelle Alves de Lima.
Leia e Oiça:
Eritreia: relatora da ONU destaca situação de menores a fugir do país
Comissão alerta que situação na Eritreia não pode ser mais ignorada
Relatório indica fuga mensal de mais de 5 mil eritreus devido à repressão