Perspectiva Global Reportagens Humanas

Ban: apoio do G7 é “contribuição vital” para Desenvolvimento Sustentável BR

Ban Ki-moon depois da cúpula do G7 em Tóquio, no Japão. Foto: ONU

Ban: apoio do G7 é “contribuição vital” para Desenvolvimento Sustentável

Secretário-geral está no Japão, onde participa da cúpula do grupo; no discurso, ele também mencionou disputas marítimas na Ásia e tensões na Península Coreana.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

No Japão, onde participa da cúpula do G7, o secretário-geral da ONU afirmou que o “apoio do grupo à infraestrutura do século 21, durável e resiliente, é uma contribuição vital aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em geral”.

Para Ban Ki-moon, há “decisões urgentes” que devem ser tomadas sobre o “desenho e construção das cidades, instalações de energia, escolas, hospitais e sistemas de transporte”.

Propostas

Ban ressaltou que a “transformação não será fácil: todos os países e todos os setores precisam ter acesso ao financiamento e conhecimentos técnicos necessários”.

O secretário-geral fez algumas propostas.

A primeira seria garantir que toda a infraestrutura seja desenhada e implementada para ser sustentável dos pontos de vista “econômico, social e ambiental” e contribua para crescimento “inclusivo e equitativo”.

Ban citou a Plataforma de Sendai para a Redução do Risco de Desastres, adotada em março do ano passado, no Japão.

Agenda 2030

A segunda proposta é “usar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável como a plataforma comum para prestação de contas”.

Para Ban, isso vai levar à “estabilidade e prosperidade para todos”.

A terceira seria o envolvimento no Fórum Global de Infraestrutura, lançado em abril pelo Banco Mundial.

Lei do Mar

Em seu discurso, Ban falou ainda de outro “desafio” que considerou “urgente” na Ásia: diversos países no continente estão reivindicando o mesmo território e áreas marítimas.

O secretário-geral pediu a todos os envolvidos que resolvam suas disputas através do diálogo de forma pacífica e amigável, de acordo com os “princípios universalmente reconhecidos” da lei internacional, como a Carta da ONU e a Convenção das Nações Unidas sobre a Lei do Mar.

Coreia do Norte

Ban também mencionou a “situação preocupante” da Península Coreana. Ele afirmou que é preciso garantir que todas as resoluções relevantes do Conselho de Segurança, sejam “plenamente implementadas”.

Segundo o secretário-geral, essa é a forma para que a Coreia do Norte entenda que “sua contínua provocação e investimento em míssil balístico nuclear, vão apenas tornar sua situação insegura e fazer sua população passar fome”.

Ao mesmo tempo, o chefe da ONU defendeu que os países relacionados, “continuem a achar um caminho para reduzir as tensões, se envolvendo em diálogo pacífico com a Coreia do Norte”.

Ban conclui o discurso pedindo aos participantes que trabalhem juntos com cooperação, competição justa, diálogo e respeito à lei internacional, entre outros pontos.

Leia e Ouça:

Acidente nuclear de Chernobyl completa 30 anos