Cresce número de migrantes que entram no Iémen, diz Acnur
Etíopes formam 90% recém-chegados seguidos de somalis e djibutianos; número de afetados pelo conflito iemenita ultrapassa 3,2 milhões no país e na região.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Iémen regista uma "grande chegada de migrantes" depois de terem seguido um percurso marítimo perigoso. Este ano, Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, registou mais de 39,9 mil entradas de migrantes até abril.
Um relatório da agência revela que cinco pessoas morreram afogadas nas águas profundas da costa iemenita. Pelo menos 32 migrantes desapareceram ou perderam a vida no período.
Aumento
Durante os primeiros quatro meses do ano, o país teve 11.245 novos migrantes, o equivalente a um aumento de 8% de chegadas em comparação a março de 2016.
A costa do Mar Arábico continua a ser o principal ponto de entrada dos migrantes, com um registo de oito de cada 10 recém-chegados. A Etiópia é o país de origem de 90% dos migrantes, seguida da Somália e do Djibuti.
Em relação ao conflito, o estudo revela que a situação melhorou apesar de confrontos ocasionais relatados depois da cessação das hostilidades a 11 de abril.
Coordenação
O resultado mais tangível das negociações foi a criação de uma comissão para reduzir o armamento e fazer a coordenação e comités locais, indica a pesquisa.
O conflito afetou mais de 3,2 milhões de pessoas no país e na região, que incluem refugiados e deslocados internos. O Acnur ofereceu proteção e meios de sobrevivência a 268,097 pessoas.
Falando esta quinta-feira à margem das negociações entre o governo e grupos da oposição no Kuwait, o representante especial do secretário-geral da ONU para o Iémen revelou haver apoio internacional mais forte que nunca para o processo de paz iemenita.
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