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Ação global combate tráfico de pessoas e contrabando de migrantes BR

Ação Global contra o Tráfico de Pessoas e o Contrabando de Migrantes. Imagem: Unodc

Ação global combate tráfico de pessoas e contrabando de migrantes

Evento paralelo à Comissão sobre Justiça Criminal e Prevenção ao Crime destacou o programa nesta quarta-feira, em Viena; iniciativa reúne União Europeia e Unodc, em parceria com OIM e Unicef; Brasil está incluído na ação.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

Um evento paralelo à Comissão sobre Justiça Criminal e Prevenção ao Crime destacou nesta quarta-feira, em Viena, a recém-lançada “Ação Global contra o Tráfico de Pessoas e o Contrabando de Migrantes”.

A iniciativa de quatro anos reúne a União Europeia e o Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, em parceria com a Organização Internacional para Migrações, OIM, e o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef.

Brasil

Identificando boas práticas e lições aprendidas, a plataforma busca prevenir e abordar os dois crimes em 13 países “estrategicamente selecionados ao redor do mundo”, entre eles o Brasil.

O Unodc e a União Europeia têm uma longa história de cooperação na prevenção de combate ao tráfico de pessoas e ao contrabando de migrantes. A atual crise de migrantes e refugiados tornou ainda mais importante a abordagem conjunta e abrangente destes crimes.

Migrantes e Refugiados

No evento, o chefe da agência da ONU, Yury Fedotov, mencionou os “efeitos positivos da migração”, mas afirmou que estes “fluxos sem precedentes de pessoas estão gerando novas oportunidades criminosas, em particular para contrabandistas de migrantes e traficantes de seres humanos”.

Ele ressaltou que migrantes em situação de risco, especialmente crianças, se tornaram “alvos fáceis para abuso e exploração”. Fedotov defendeu ser preciso fazer mais para “reduzir vulnerabilidades, aumentar a proteção e parar os criminosos”.

Coordenação

Em coordenação com os 13 países, o programa deve desenvolver e implementar respostas nacionais de combate ao tráfico e ao contrabando e fortalecer a capacidades de abordar estes crimes de forma eficaz, assim como a ligação entre eles.

Além do Brasil, África do Sul, Belarus, Cazaquistão, Colômbia, Egito, Laos, Mali, Marrocos, Nepal, Níger, Paquistão e Ucrânia também são cobertos pela iniciativa.

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