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Coreógrafos e bailarinos moçambicanos clamam por maior promoção da dança

Maputo marca a data com um programa de dança de vários parceiros. Foto: Ouri Pota.

Coreógrafos e bailarinos moçambicanos clamam por maior promoção da dança

Dia Mundial da Dança é marcado por evento de beneficência; pelo 29 de abril, coreógrafos e bailarino sugerem que entidades competentes criem condições e espaços para a divulgar trabalhos sobre o género de arte.

Ouri Pota, da Rádio ONU em Maputo. 

A  29 de abril comemora-se o Dia Mundial da Dança proclamado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco.

A Rádio ONU em Maputo ouviu profissionais da áres sobre a data que marca o nascimento do mestre francês Jean Georges Noverre. Ele desafiou os princípios gerais sobre a dança do seu tempo e veio a ser considerado criador do ballet.

Políticas

Algumas formas de celebração da data incluem a reflexão e a chamada da atenção sobre a importância da dança para o público. Pretende-se também incentivar a criação de políticas públicas voltadas sobre o tipo de arte.

Em Maputo, o bailarino e coreógrafo Idio Chichava falou do percurso desde o sonho de ser estrela de futebol para defensor da massificação da dança.

Processo Criativo

“Eu sinto falta de uma estrutura que vela, que defende a dança. Urge a necessidade de nós como artistas, bailarinos dançarinos nos reunirmos para discutir realmente o espaço da dança porque é um espaço muito importante em Moçambique. Sabemos que a dança é a parte cultural mais forte. Temos que começar a pensar no lugar da dança neste pais e ver de certa forma como nosso processo criativo pode influenciar se calhar na edificação do país”

A mesma preocupação é do coreografo e bailarino Pak Ndjamena.

Prémios

“Difícil sobreviver da dança contemporânea cá em Moçambique. Não temos estruturas que possam se responsabilizar por isso. Apelo a quem é de direito que possa olhar por essa parte dança contemporânea sobretudo. Há um potencial muito grande aqui em Moçambique. Se alguns conhecem Moçambique, até posso dizer que, é através da dança contemporânea porque já tivemos muitos prémios e existem também bailarinos e coreógrafos residentes noutros lugares do mundo que vão espalhando o nome Moçambique.”

Caridade

Maputo marca a data com um programa de dança de vários parceiros aberto à participação da comunidade. No evento gratuíto, cada interessado deve contribuir com material escolar ou brinquedos a serem distribuídos a instituições de caridade.

A iniciativa é da Vila Artística Dans’Artes em coordenação com a Companhia Nacional de Canto e Dança, o Teatro Avenida e o Instituto Superior de Artes e Cultura.

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