Mais da metade dos civis em áreas sitiadas foram ajudados nos últimos meses, mas violência piora e representante da ONU teme que ganhos sejam perdidos se os confrontos continuarem.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
A violência em várias áreas da Síria voltou para o mesmo nível de antes da cessação das hostilidades, ameaçando a vida de milhões de pessoas, segundo o coordenador humanitário da ONU para o país.
Jan Egeland disse que mais da metade das pessoas em zonas sitiadas já receberam ajuda. Mas ele destaca que esses ganhos podem ser perdidos se os confrontos continuarem.
Bombardeios
O coordenador humanitário citou a escalada da violência em Homs e uma “piora catastrófica” em Alepo, onde o último pediatra da cidade morreu após um ataque aéreo em um hospital.
Jan Egeland lamenta que tantas vidas de civis estejam em risco, com bombardeios contra trabalhadores de saúde e humanitários. Até agora, ONU e parceiros alcançaram quase 800 mil pessoas em áreas sitiadas ou difíceis de serem alcançadas.
O coordenador humanitário para a Síria reforça que os lados em conflito precisam contribuir com a operação dos comboios de ajuda. Foi feito um pedido oficial ao governo sírio para que 900 mil civis em 35 zonas sitiadas recebam ajuda. A expectativa é de que a resposta do governo chegue até sexta-feira.
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