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Moçambicanos defendem o despertar do interesse pela leitura

Escola primária em Moçambique. Foto: Unicef Moçambique

Moçambicanos defendem o despertar do interesse pela leitura

Dia Mundial do Livro é 23 de abril; escritor Pedro Chissano sugere que leitura seja obrigatória; profissão da área fala de interesse dos mais jovens em várias obras de autores nacionais.

Ouri Pota, da Rádio ONU em Maputo.

No âmbito do Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, a Rádio ONU em Maputo ouviu algumas vozes sobre a data que ficou marcada pela morte dos célebres Miguel de Cervantes, William Shakespeare e Garcilaso de la Vega.

A leitura, a publicação de livros e a protecção dos direitos autorais estão entre as as formas de celebração do 23 de abril, declarado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco.

Mais Jovens

Em Maputo, o bibliotecário na Associação dos Escritores Moçambicanos, Aemo, Simião Macuácua dstacou o interesse dos leitores mais novos em várias obras.

“No passado apareciam pessoas de 60, 70 anos, mas um ano para cá so aparecem jovens. São estes que estão a frequentar diariamente, aparecem a procura de livros de Paulina Chiziane, Mia couto, e Ungulane Ba ka Khossa”.

Identidade

Já o escritor moçambicano Pedro Chissano, afirma que o livro é importante pois transporta diferentes visões que podem contribuir para a identidade de uma ou várias nações.

“É no livro onde a gente encontra as maneiras mais variadas de vida de populações dispersas ao longo de vários quadrantes do mundo e deste pequeno mundo nosso que é Moçambique, não é verdade? E nós reencontramo-nos ali, redescobrimo-nos ali, lendo livros de diferentes fontes, diferentes áreas identitárias”

O escritor acrescenta que o incentivo para o gosto pelo livro deve ser conjunto

“A leitura tem que ser obrigatória a partir de casa, porque na verdade as coisas tem que começar em casa, uma criança que acorda e tropeça com livros em casa, cresce com este “vírus” do livro dentro de si. Todos os setores envolvidos nesta área, bibliotecas públicas, provinciais, municipais arregacem as “mangas” e centrem sobretudo nas escolas, é ali onde se forma de fato, a criança, o adolescente e o homem do amanhã”.

O dia foi criado na 28ª Conferência Geral da Unesco, que decorreu em 1995.

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